O casal Oneita e Clive Thompson, da Jamaica, e seus dois filhos menores passaram mais da metade do mandato do presidente Donald Trump escondidos no porão da igreja Tabernacle United Church, na Philadelphia (PA).
Eles foram para o local em 2018, após terem o pedido de asilo negado e serem notificados pelo Immigration and Customs Enforcement (ICE), que deveriam sair do país ou seriam deportados, o que os separaria dos sete filhos que moram nos EUA.
Os Thompson entraram legalmente com vistos de turista em 2004. Quando os documentos expiraram, eles deram entrada no pedido de asilo sob o argumento de que estavam fugindo da violência das gangues no seu país de origem.
“Quando recebemos a carta do ICE dizendo que deveríamos deixar o país eu estava em estado de choque”, disse Oneita Thompson ao canal CBS News.
No total, eles passaram 843 dias no porão da igreja que é protegida pela lei dos “santuários”, o que proíbe as prisões de imigrantes.
A família acabou se tornando símbolo do “movimento santuário” na Philadelphia.
A notícia da liberação do casal foi dada na sexta-feira (18), após o ICE suspender a ordem de deportação.
Até o momento, a assessoria de imprensa da agência de imigração não comunicou os motivos que levaram o órgão a autorizar a saída segura da família. “É um milagre de Natal”, disse Katie Aikins, pastora da igreja.
Enquanto deixavam o local, o coral cantava músicas religiosas e badalavam os sinos para celebrar a liberdade da família.