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Após Facebook, YouTube remove vídeo e suspende canal de Bolsonaro por sete dias

Segundo a plataforma, presidente violou regras ao promover desinformação sobre a covid-19; se novas violações acontecerem em 90 dias, conta pode sair do ar permanentemente

Bolsonaro durante live do dia 21 de outubro (foto: Reprodução)

Seguindo o exemplo do Facebook, o YouTube também removeu a live do presidente Jair Bolsonaro feita na última quinta-feira (21), e suspendeu a conta do mandatário na plataforma por sete dias.

O bloqueio ocorreu depois que Bolsonaro fez afirmações sem comprovações de que a vacina contra a covid-19 estaria associada ao aumento do contágio pelo vírus da AIDS.

“Removemos um vídeo por violar as nossas diretrizes de desinformação médica sobre a COVID-19 ao alegar que as vacinas não reduzem o risco de contrair a doença e que causam outras doenças infecciosas. As nossas diretrizes estão de acordo com a orientação das autoridades de saúde locais e globais, e atualizamos as nossas políticas à medida que a orientação muda. Aplicamos as nossas políticas de forma consistente, independentemente de quem for o criador ou de sua opinião política”, informou o YouTube.

Esta é a primeira vez que o perfil de Bolsonaro é  temporariamente suspenso das redes sociais. Ele  já havia descumprido regras do YouTube sobre a covid em julho passado, quando afirmou que máscaras não previnem a contaminação ou transmissão da doença.

Caso receba um novo alerta, seu canal será bloqueado por 14 dias. Se receber três avisos em até 90 dias, sua conta será excluída.

A alegação de Bolsonaro foi refutada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e criticada pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Em comunicado, o Comitê de HIV/Aids da SBI afirmou: “Não se conhece nenhuma relação entre qualquer vacina contra covid-19 e o desenvolvimento de síndrome da imunodeficiência adquirida [Aids]”. 

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