Um dia depois de ter seu acordo sobre o Brexit — a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) — rejeitado numa derrota histórica no Parlamento, a primeira-ministra britânica, Theresa May, sobreviveu na quarta-feira (16) a uma moção de desconfiança apresentada pelo líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn. Por 325 votos a 306, parlamentares reafirmaram a permanência de May no cargo, que agora deve levar adiante sua tarefa de conduzir o Brexit, agendado para o dia 29 de março, mas tem pela frente uma rejeição cada vez mais sólida aos rumos de suas negociações com Bruxelas.
Paralelamente, o trabalhista também é alvo de críticas por sua postura irredutível e sua resistência à possibilidade de um novo referendo sobre o tema.
“Estou contente com o fato de que a Câmara expressou confiança no governo esta noite. Nosso governo continuará a trabalhar para ampliar nossa prosperidade, garantir nossa segurança e fortalecer nossa união“, afirmou May, anunciando que iniciaria imediatamente diálogos com representantes de diferentes legendas. — E sim, também continuaremos a trabalhar para cumprir a promessa que fizemos ao povo do país, cumprir o resultado do referendo e deixar a UE. Acredito que essa é uma tarefa de cada membro desta Câmara, e temos a responsabilidade de identificar uma maneira que nos permita garantir o apoio do Parlamento.