No último dia 19 de agosto, os moradores de Santa Filomena, no sertão de Pernambuco, foram surpreendidos com uma chuva de meteoritos que caiu sobre a cidade.
Algumas pedras, de tão grande, quebraram o telhado das casas. No dia seguinte ao fenômeno, pesquisadores da Universidade Federal do Rio e Janeiro foram até o lugar para confirmar a natureza das rochas que caíram do céu, e deram o veredicto: era mesmo meteorito.
A partir daí a rotina da cidade mudou. Isso porque os meteoritos são considerados fósseis espaciais, que têm a mesma idade que o sistema solar, ou seja, bilhões de anos e, dependendo do tamanho, podem ser vendidos por uma pequena fortuna.
Segundo uma reportagem do G1, os moradores saíram em peso às ruas da cidade para procurar pelas rochas e até receberam treinamento para identificá-las. Uma das pedras encontradas por um morador pesava 40 kg e foi vendida por R$ 120 mil.
De acordo com relatos da imprensa brasileira, um norte-americano quec coleciona pedras de meteorito viajou dos Estados Unidos para o Brasil assim que soube do fenômeno. Ele já teria comprado mais de 10 pedras. E só por uma delas pagou 18 mil reais, quase quatro mil dólares.
Ao contrário de países como a Argentina e a Austrália, onde os meteoritos são bens públicos, o Brasil não tem legislação sobre a posse e o comércio destas pedras. Apesar disso, o Museu de Ciências da Terra (MCTer) do Brasil, defende que um meteorito não deve ser comercializado, uma vez que o seu valor é científico.