DA REDAÇÃO – O chefe político do movimento islamita Hamas, Ismail Haniyeh, convocou na quinta-feira (7) os palestinos a começar amanhã uma terceira Intifada, termo que em árabe significa levante ou revolta. O pedido veio depois do reconhecimento do presidente Donald Trump de Jerusalém como capital de Israel. As informações são da EFE.
“Amanhã, sexta-feira, 8 de dezembro será um dia de ira e o começo de uma nova Intifada chamada Libertação de Jerusalém”, disse o líder islamita em entrevista coletiva na Cidade de Gaza.
Para Haniyeh, “a decisão de Trump marca o final de uma fase política e significa um ponto de inflexão histórica para a causa palestina”.
“Afirmamos que Jerusalém está unida, não é oriental nem ocidental, e vai continuar sendo a capital da Palestina, de toda a Palestina”, declarou o dirigente do Hamas, que enfatizou “Trump se arrependerá da sua decisão”.
Haniyeh pediu uma reunião com todas as partes palestinas para discutir a situação atual e acertar as medidas políticas a serem tomadas diante dos eventos.
“Devemos tomar decisões, formular políticas e desenvolver uma estratégia para nos opor ao novo complô em Jerusalém e na Palestina”, declarou o dirigente.
Por outro lado, segundo declarou em entrevista coletiva o primeiro-ministro palestino, Rami Hamdala, que chegou a Gaza na manhã de hoje, “Jerusalém é a capital da Palestina”, e segundo ele, este fato é mais importante que qualquer ação ou decisão que se possa tomar a partir dos EUA.
Desde a declaração de Trump, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) rejeitou os EUA como mediador para o processo de paz na região.
Hamdala disse em entrevista coletiva que se oporá à decisão de Trump com união nacional. Segundo o primeiro-ministro, “a Palestina voltará às fronteiras de 1967 com Jerusalém como capital”.
O Exército de Israel posicionou “uma série de batalhões” na Cisjordânia após as declarações de Trump. “O desdobramento de batalhões assim como de unidades de combate de inteligência e de defesa territorial respondem à preparação do Exército para possíveis desenvolvimentos dos eventos”, diz um comunicado do Exército.