Negócios

Após anúncio de plano fiscal, dólar opera em alta frente ao Real

A perspectiva de ingresso de dólares no país por captações de empresas continua limitando movimentos de alta do dólar em relação ao real

O mercado brasileiro reagiu às declarações do presidente Donald Trump de que vai divulgar um plano fiscal “fenomenal” nas próximas semanas. O presidente não deu detalhes sobre o que está por vir.

O dólar subiu 0,32%, a R$ 3,1299 na venda, depois de fechar na véspera com leve alta de 0,08%, a R$ 3,1197. Na semana, a moeda dos EUA acumula alta de 0,20%. No ano, tem queda de 3,68%.

No cenário externo, as preocupações sobre as eleições na França e na Alemanha também seguiram sob as atenções do mercado. Internamente, o mercado ficou de olho no cenário político.

A perspectiva de ingresso de dólares no país por captações de empresas continua limitando movimentos de alta do dólar em relação ao real.

“O mercado está monitorando o noticiário, mas tem tentado não se deixar contaminar pelas informações negativas, ajudado ainda pelos ingressos e expectativa de ainda mais fluxo”, destacou o sócio da Omnix Corretora Vanderlei Muniz à Reuters.

Os investidores aguardam detalhes sobre as promessas de campanha de Trump para impulsionar a economia dos EUA com estímulo fiscal em grande escala por meio de gastos adicionais e cortes de impostos, destaca a Reuters.

Trump disse que sua administração vai anunciar “algo fenomenal em termos de impostos” nas “próximas duas ou três semanas”, durante uma reunião com executivos de companhias aéreas nesta quinta-feira.

“Tem sido uma alta ampla do dólar impulsionada pelas manchetes de que Trump planeja anunciar algo fenomenal sobre impostos nas próximas semanas, nas palavras dele”, disse à Reuters a diretora executiva da BK Asset Management, Kathy Lien.

O dólar avançou mais de 5% em relação a várias moedas nas seis semanas após a eleição de Trump, mas está em tendência de baixa desde o início do ano já que o presidente norte-americano tem se focado mais no comércio e na imigração do que no estímulo fiscal.

Além disso, os investidores continuaram de olho nas eleições na Europa, sobretudo na França, com o risco de a candidatura de Marine Le Pen, de extrema-direita, sair vitoriosa no pleito para Presidência do país.

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