DA REDAÇÃO (com Reuters) – A estatal petrolífera brasileira Petrobras prevê dias melhores para o fim deste ano. Segundo a direção da empresa, a expectativa é de saldo final de caixa de $21 bilhões em 2016, de acordo com fluxo de caixa apresentado pela empresa a analistas e investidores na sexta-feira (13), durante comentários sobre o balanço do primeiro trimestre. No começo do ano, o saldo era de $26 bilhões.
No fluxo de caixa deste ano, a Petrobras prevê desembolsos de $19 bilhões em investimentos, e estima $6 bilhões em garantias judiciais.
A empresa, que não espera pagar dividendos, apontou ainda que deverá somar $1 bilhão em captações neste ano, $14 bilhões em desinvestimentos, além de $1 bilhão em rolagens.
Para o final de 2017, o diretor financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, disse esperar que a estatal termine com caixa semelhante ao deste ano.
Na véspera, a Petrobras anunciou que teve prejuízo líquido de R$ 1,246 bilhão no 1º trimestre de 2016, o terceiro trimestre seguido de perdas no balanço da estatal. Nos 3 primeiros meses do ano passado, a empresa registrou lucro líquido de R$ 5,33 bilhões.
Segundo a estatal, as perdas foram resultado, de R$ 9,579 bilhões em gastos com juros cambiais; redução e 7% na produção de petróleo e gás natural; queda de 8% na venda de derivados dentro do país; aumento de custos com depreciação e maiores gastos com ociosidade de equipamentos – principalmente sondas.
Venda na Argentina
A Petrobras informou, também na sexta-feira (13), que assinou o contrato de venda de sua filial na Argentina (Pesa), detida através da Petrobras Participaciones. As informações são do portal G1.
A compradora, Pampa Argentina, vai pagar $892 milhões, relativos à fatia de 67,19% da Petrobras na Pesa, em duas parcelas. A primeira, de 20% do valor total, foi depositada nesta sexta, em uma conta garantia. O restante será pago no fechamento da operação, previsto para acontecer em até três meses.
O negócio também envolve a retenção pela Petrobras de 33,6% da concessão de Rio Neuquen – áreas com potencial de produção de gás natural na Bacia Neuquina, na Argentina – e de 100% do ativo de Colpa Caranda – campos de produção de gás natural na Bolívia.