A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta terça-feira (22), o retorno do uso obrigatório de máscaras em aeroportos e aeronaves. A medida visa reduzir o risco de contágio de Covid-19, que teve um aumento expressivo de casos nas últimas semanas no Brasil. A adoção começa a valer na sexta-feira (25), e leva em consideração o crescimento no número de viagens no período de festas, entre novembro e janeiro.
A exigência volta a ser aplicada pouco mais de 3 meses após ser abolida, em 17 de agosto, quando a agência optou pelo uso compulsório da proteção facial.
O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, explicou que o tema foi à votação após manifestações de especialistas e entidades como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), preocupados com o cenário epidemiológico da doença e suas novas variantes. “O uso de máscaras em ambientes de maior risco, pelas suas características de confinamento, circulação e aglomeração de pessoas, representa um ato de cidadania e de proteção à coletividade e objetiva mitigar o risco de transmissão e de contágio da doença”, disse Campos.
A decisão da Anvisa proíbe a utilização de:
- máscaras de acrílico ou de plástico;
- máscaras dotadas de válvulas de expiração, incluindo as N95 e PFF2;
- lenços, bandanas de pano ou qualquer outro material que não seja caracterizado como máscara de proteção de uso profissional ou de uso não profissional;
- protetor facial (face shield) isoladamente;
- máscaras de proteção de uso não profissional confeccionadas com apenas uma camada ou que não observem os requisitos mínimos previstos na ABNT PR 1002 – Guia de requisitos básicos para métodos de ensaio, fabricação e uso.
Além disso, os viajantes podem retirar a máscara no interior dos aviões e aeroportos exclusivamente para hidratação e alimentação.
Segundo o consórcio de veículos de imprensa, a média de mortes nos últimos sete dias subiu 43% no Brasil, a maior em 21 dias; a média de novos casos no mesmo período subiu 261%, com cerca de 18.592 infectados. Desde o início da pandemia, mais de 680 mil pessoas morreram no Brasil em decorrência da Covid-19.