DA REDAÇÃO – Conheci Antonio Adolfo depois de ter mudado para o Sul da Flórida. Como ele também possui um imóvel aqui–divide seu tempo entre Rio de Janeiro e Miami – tive o orgulho de entrevistá-lo para o Florida Review, um jornal comunitário que lamentavelmente não existe mais. Entretanto, antes de sua ida para New York, ele concedeu uma entrevista a mim e a Jorge Nunes para a Rádio Achei, que integra o Grupo Achei de Comunicação.
Antonio Adolfo, além de ser um músico e compositor excepcional, é uma pessoa “do bem”, como costumamos falar no linguajar atual. Por isso, fiquei bastante contente em saber que ele teve o álbum “Hybrido – From Rio To Wayne Shorter” indicado como um dos cinco indicados para a categoria Best Latin Jazz Album na última edição do Grammy 2018, que foi dominado por Bruno Mars na categoria Pop.
Além de Antonio Adolfo, os outros indicados foram “Outra Coisa – The Music Of Moacir Santos” de Anat Cohen & Marcello Gonçalves (também brasileiros); “Oddara”, de Jane Bunnett & Maqueque; “Típico”, de Miguel Zenón, e “Jazz Tango”, de Pablo Ziegler Trio, vencedor da categoria de Best Latin Jazz Album.
Por ser um dos brasileiros mais reconhecidos no cenário internacional, sobretudo para os fãs de jazz, a indicação de Antonio Adolfo foi mais do que justa. Em nome de nossa amizade, pedi a ele que resumisse sua emoção de estar presente emu ma festa desta grandeza, como um dos homenageados.
Aqui está o depoimento do maestro/arranjador/pianista/compositor Antonio Adolfo:
“Foi bom demais a Festa da Indústria da Música em NY. Curti muito desde o momento em que cheguei. Havia festa por todos os lados. Fui homenageado na Festa da distribuidora dos meus discos CDBaby, na ASCAP (America Society of Composers, Authors and Publishers), à qual sou associado desde 1970, logo depois que Sa Marina (Pretty World foi lançada aqui, pelo Sergio Mendes). Na mesma noite (ainda véspera da Cerimônia do Grammy), houve a Grande Festa dos indicados: um super jantar com a presença de muitas pessoas, incluindo vários indicados ao Prêmio, quando recebi a medalha de Indicado.
“O domingo foi só festa. Chegamos ao Madison Square Garden às 2PM. Fui entrevistado e fotografado por um batalhão de fotógrafos no ‘tapete vermelho’. Nem precisa falar que me senti um verdadeiro Pop Star. A cerimônia da entrega dos Prêmios em que participei, entregou 75 Grammys para a grande maioria. A categoria na qual estava concorrendo, com mais cinco idicados, foi a 40ª a ser anunciada. Para ser sincero, nem fiquei com friozinho na barriga – acho que por ter sido já indicado nos últimos quatro anos e já saber como funciona. Mas vi gente que estava concorrendo, e que não levou o Prêmio, saindo revoltada de lá. Não foi o meu caso. Assisti à premiação do início ao final. Não foi surpresa… Acho que os cinco indicados representam o que de melhor foi lançado em 2017 no Latin Jazz. Deve ter sido difícil para os que decidiram, aptos a votação popular dos membros da Academia.
“Saímos de lá e fomos assistir ao Prêmio ‘principal’, onde estavam vários pop stars. Um showzaço de televisão com nomes super importantes, dentre os quais, alguns que admiro muito, como Elton John e Sting. Apareceu até o Toni Bennett. Depois, ainda tivemos fôlego para ir à After Party, no Hotel Marriott Marquis, uma super festa que rolou até de madrugada. Voltamos à Florida cansados, mas felizes por termos participado de um evento de tamanha importância, feliz com as homenagens que recebi e com o espetáculo e todos os eventos do Grammy.”
É isso aí Antonio Adolfo. Você merece (enquanto terminava este texto me peguei cantarolando os versos de Sá Marina…)!
Texto originalmente publicado no blog dicasdotozzi.com