Tribunal alemão condena marroquino por cumplicidade com homícidos de 2001
Um tribunal alemão sentenciou a 15 anos de prisão um marroquino que era amigo dos seqüestradores de aviões do 11 de setembro de 2001. Ele foi acusado de cumplicidade com o homicídio em massa.
Mounir El Motassadeq é membro de um grupo de estudantes radicais árabes de Hamburgo que ajudou a organizar os ataques. O radical islâmico é apenas o segundo condenado pelo complô que fez quase 3.000 mortos nos Estados Unidos.
Motassadeq ouviu o veredicto em um tribunal de Hamburgo, sem manifestar emoção. Condenado em novembro pelo tribunal superior de recursos da Alemanha, em Karlsruhe, a sete anos de prisão por ligação com organização terrorista, havia sido absolvido das acusações de cumplicidade com o homicídio em massa.
O tribunal afirmou que o marroquino era um membro de baixo escalão do grupo liderado por Mohammed Atta. Seus advogados insistiam que ele nada sabia dos planos de lançar aviões contra alvos em Nova York e Washington.
Mas os promotores conseguiram argumentar em novembro que, sob uma “divisão de trabalho” dentro do grupo de Atta, Motassadeq teve papel importante nas questões financeiras dos colegas e em acobertar sua ausência da Alemanha antes dos atentados.
Esse complexo caso abalou as relações entre Alemanha e Estados Unidos, já que acabou servindo como um teste da disposição de Washington em fornecer provas sobre o ocorrido.
O outro condenado pelos atentados é o francês de origem marroquina Zacarias Moussaoui, sentenciado à prisão perpétua em maio de 2006 por um tribunal dos EUA.