Mais de 2,5 mil processos de naturalização estão sendo revisados pelo U.S. Citizenship and Immigration Service (USCIS) em busca de fraudes cometidas durante o processo para obtenção do tão sonhado passaporte americano.
De acordo com reportagem do El Nuevo Herald e da Agência EFE, desses 2,5 mil casos, cerca de 100 foram enviados para o Departamento de Justiça para serem investigados. Os casos serão avaliados e julgados e, caso haja comprovação da fraude, a cidadania poderá ser revogada.
Essa revisão de processos faz parte do esforço do atual governo em identificar pessoas que mentiram para obter a cidadania americana ou o green card, como por exemplo, casamentos falsos, pessoas que cometeram crimes antes de se naturalizar, entre outros.
Em 2016, o Departamento de Homeland Security informou que pelo menos 858 pessoas obtiveram a cidadania americana já tendo sido deportado previamente, antes da implementação das impressões digitais.
Neste verão, o governo anunciou a contratação de advogados e investigadores para revisar os processos de naturalização. Segundo Francis Cissna, do USCIS, os casos começaram a ser revistos em janeiro de 2017.
O alvo principal é o imigrante, por exemplo, que se naturalizou com outra identidade. Os agentes vão usar a tecnologia para identificar impressões digitais e cruzar com dados atuais.
Para 2019, o U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) prevê em sem orçamento investimentos da ordem de $207 milhões para contratar mais agentes, o que significa que parte deles trabalharão para investigar casos de fraudes para se legalizar.
Números
Entre 1990 e 2017, 305 pessoas perderam a cidadania americana. Sob administração de Barack Obama, a média aumentou para 15 desnaturalizações em um ano e com Trump chegou a 30, número que deve aumentar este ano e nos próximos.