“Ele se aproveitava de vulnerabilidades, prometendo acabar com a solidão de uma mulher que recentemente terminou um relacionamento, ou a morte de um ente querido”, destacou o relatório dos promotores federais de New Jersey sobre o americano Patrick Giblin.
Ao longo de duas décadas, Giblin enganou pelo menos 100 mulheres, convencendo-as a transferir mais de $ 250 mil em empréstimos que nunca seriam pagos. Na quarta-feira (7), o golpista foi condenado a 66 meses de prisão por fraude eletrônica e envolvimento em esquema para fraudar pessoas em sites de namoro e por telefone.
O acusado já havia sido preso em 2005, após extorquir uma vítima em Ohio. Na época, ele admitiu haver enganado mais de 80 mulheres, número que os detetives acreditam ser muito maior, já que algumas têm vergonha de se apresentar. Giblin se declarou culpado e foi condenado a 115 meses de prisão. Mesmo de dentro da cadeia, ele continuou aplicando golpes.
“A quantidade de vítimas ao longo dos anos é um número que nunca vimos vinculado a um golpista”, disse Kathy Waters, diretora executiva da organização Advocating Against Romance Scammers, à CNN.
De acordo com os promotores, o farsante enviava mensagens nos sites, dizendo que estava buscando um relacionamento de longo prazo com uma “mulher real, verdadeira e genuína”. Eles então trocavam telefones e iniciavam um namoro à distância. A partir daí, Giblin criava estórias com emergências financeiras para sensibilizar as mulheres para que lhe enviassem dinheiro.
Os golpes eram anteriores à existência de aplicativos como Venmo ou Zelle, então ele pedia que o repasse fosse feito pelo MoneyGram ou Western Union.
Após cumprir alguns anos na cadeia pela sua primeiro sentença, Giblin entrou em um programa de reabilitação residencial na Filadélfia e recebeu um passe de um dia para encontrar um emprego em Atlantic City. Entretanto, ele nunca mais retornou e se tornou um fugitivo. A nova ordem de prisão decretada nesta quarta também inclui uma acusação por escapar da custódia federal.