O Alabama certificou na quinta-feira (28) o democrata Doug Jones como o ganhador das eleições especiais para o Senado no último 12 de dezembro, não acolhendo assim as alegações de fraude eleitoral realizadas no último momento pelo republicano Roy Moore, fazendo com que a maioria republicana fique reduzida à mínima diferença de uma cadeira (51-49) a partir de janeiro.
A certificação foi realizada pouco depois de um juiz rechaçar a intenção do republicano Moore para que o democrata não fosse declarado vencedor da eleição.
Jones venceu seu adversário em uma eleição acirrada marcada pelas denúncias de abuso sexual contra o republicano, que sempre as negou. Moore, por sua vez, não reconheceu sua derrota, nem mesmo quando o presidente Donald Trump cumprimentou Jones.
O juiz Johnny Hardwick determinou em sua decisão que “não tem jurisdição” para impedir a validação dos resultados, portanto negou a petição de Moore.
Na noite de quarta-feira (27), os advogados de Roy apresentaram uma petição para evitar a certificação dos resultados alegando fraude, mesmo sem apresentar provas. Na verdade, não foram encontradas evidências de manipulação da eleição.
O secretário de Estado do Alabama, John Merrill, disse na quarta-feira à tarde à The Associated Press que não pretendia atrasar a reunião da junta eleitoral. “Não vou retardar a ratificação e Doug Jones será ratificado à 1:00 da tarde e jurará o cargo diante do vice-presidente (Mike) Pence em 3 de janeiro”, disse Merrill.
Embora tenha dito não ter encontrado nenhum indício de fraude, Merrill disse aos advogados de Moore que continuará investigando as denúncias contra Jones.