Histórico

Agente da fronteira era ‘coiote’ e pode ser condenado a 10 anos de prisão

Marcos Manzano é acusado de receber dinheiro para liberar entrada de indocumentados nos EUA

Um agente da fronteira (Border Patrol) está no banco dos réus. O crime do qual Marcos Manzano está sendo acusado é justamente aquele que ele deveria combater: o tráfico humano pela fronteira entre os Estados Unidos e o México. O policial teria deixado vários indocumentados entrarem ilegalmente na América, entre eles o seu pai, que está foragido.

Na semana passada, depois de mais de um ano de investigações, as autoridades de San Diego, na Califórnia, conseguiram prender Manzano em flagrante, depois de encontrarem na casa dele um indocumentado mexicano. De acordo com a polícia, o agente tinha uma espécie de bunker no subterrâneo de sua propriedade, que usava para esconder os imigrantes.

Manzano trabalhava para a agência desde 2007, mas estava suspenso desde que foi considerado suspeito de crimes contra a segurança nacional. Ele pode passar os próximos dez anos na prisão. Segundo Steven Pittts, porta-voz da Patrulha da Fronteira em San Diego, é difícil calcular quantos indocumentados foram autorizados a entrar nos EUA pelas mãos de Manzano.

Um deles é o pai do policial, Marcos Gerardo Manzano, que já havia sido deportado da América há alguns anos, mas depois retornou ao país e vivia na casa do filho, na cidade de Imperial Beach, desde 2009. Marcos Gerardo conseguiu escapar do cerco policial e está foragido. Quanto ao filho, a situação não é nada boa: a Polícia também encontrou drogas ilícitas em seu poder durante a busca.
O governo americano divulgou que no ano passado 18 agentes corruptos foram afastados de seus cargos e presos por crimes federais, numa diminuição de casos em relação a 2009 (29 prisões). Nos últimos ste anos, foram 119 agentes detidos por crimes de corrupção. Mesmo assim, as autoridades não consideram esta estatística alta. “Policiais corruptos representam menos de 1% do total da nossa força de trabalho”, justificou Jackie Wasiluk, da Patrulha da Fronteira.

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