DA REDAÇÃO – Os principais aeroportos do Brasil registram queda de 90%, em média, no número de voos e movimentação de passageiros durante a pandemia de coronavírus. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil, o número de voos semanais atualmente em todo o País passou de 14.781 para 1.241.
Por conta da baixa procura, as companhias aéreas decidiram cancelar voos e readequar a malha. Os aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, Galeão, no Rio de Janeiro, Brasília e de São José dos Pinhais, na região de Curitiba, estão com as atividades reduzidas desde o dia 1º de abril.
O Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, muito disputado pelas companhias aéreas por conta da alta lucratividade da rota, está sem receber passageiros desde o dia 13 de abril.
Segundo dados da GRU Airport, que administra o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em abril de 2019, a média diária de pousos e decolagens era de 513. Em abril deste ano, os voos caíram para 70. Por conta da baixa nas movimentações de aeronaves, a concessionária decidiu suspender as operações no terminal 1, ficando em funcionamento apenas os terminais 2 e 3.
Em Brasília, de acordo com a empresa que administra o terminal, em abril de 2019 foram 406 voos, em média, e em abril deste ano são 21. Com uma redução de mais de 90% na movimentação, a concessionária suspendeu as operações de uma das suas pistas de pouso de decolagens.
No aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, em abril de 2019 foi registrada uma média de 227 poucos e decolagens. E agora, no meio da pandemia, são 13, conforme informado pela empresa que administra o terminal.
Segundo dados da Infraero, no aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais na região de Curitiba, em abril de 2019 foram 178 pousos e decolagens. Este número caiu para uma média de 11, em abril de 2020.
Malha emergencial
No fim de março, com praticamente sem voos, o governo brasileiro se viu obrigado a conversar com as companhias porque estava com dificuldade de enviar equipamentos de saúde aos estados pela falta de ligação área.
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) definiu junto com as três principais empresas aéreas do país, Gol, Azul e Latam, a criação uma malha emergencial. Esta rota ficou 91,61% menor do que originalmente previsto pelas empresas.