Como é sabido, o Aeroporto Internacional de Miami é um dos mais movimentados dos Estados Unidos. Tanto é verdade que está passando por uma grande expansão desde o ano passado. A expansão é reflexo do número cada vez maior de turistas de todas as partes do mundo, inclusive brasileiros. A direção do aeroporto anunciou investimentos de US$65 milhões para a modernização do local.
Devido ao grande número de passageiros, o MIA oferece 148 voos internacionais e recebe mais voos do que qualquer outro aeroporto dos Estados Unidos em função da sua posição geográfica. Em 2014, foi considerado o aeroporto mais visitado por passageiros internacionais e mais de 40 milhões de pessoas transitaram por suas dependências, recorde de passageiros pelo quarto ano consecutivo. Outro reflexo dessa expansão é a necessidade de mais portões e mais espaço para operação de grandes companhias aéreas, como a American Airlines, que está enfrentando dificuldades em horários de pico.
No entanto, a administração do complexo aeroportuário também se preocupa com as questões ambientais decorrentes desse movimento intenso. Nesse mês de abril, por exemplo, o Aeroporto Internacional de Miami foi o ganhador do principal prêmio de gestão ambiental concedido pelo Airports Council International-North America (ACI-NA), a mais importante organização do setor de representação de órgãos governamentais responsáveis pela operação de aeroportos comerciais nos EUA e no Canadá.
O MIA recebeu o Prêmio de Realização Ambiental da ACI-NA 2017 na categoria Gestão Ambiental em reconhecimento ao Projeto de Sustentabilidade do Aeroporto, um dos maiores programas de economia de energia da costa leste dos EUA. Lançado em agosto de 2015 em parceria com a Florida Power & Light Services (FPLS), o projeto investiu US$ 32 milhões em melhorias relacionadas ao ar-condicionado e а ventilação, preservação da água, iluminação eficiente e outras soluções inovadoras no MIA.
A projeção é de economia de mais de 35 milhões de kilowatts de energia anualmente e de US$ 40 milhões em custos com utilitários ao longo de 14 anos do período de contrato com a FPLS. Em termos de preservação ambiental, o projeto está reduzindo o nível de emissão de carbono que refletiria a quantidade expelida por 5.110 automóveis e o consumo de água em quase 106 milhões de litros, o equivalente a 43 piscinas olímpicas. Enfim, um bom exemplo a ser seguido neste período de conservação ambiental e redução de gastos desnecessários.