Um júri do Condado de Broward concedeu $15,3 milhões em danos pela morte de um cliente que foi prensado sob uma caçamba no pátio de uma concessionária de caminhões comerciais em Fort Lauderdale (FL), há quatro anos.
O júri decidiu que 70% dos danos foram causados por Rechtien International Trucks e 30% pelo falecido, que a família pediu para o nome não ser revelado. O julgamento final deu ganho de causa à sua única herdeira.
A criança, agora com 5 anos, tinha apenas 20 meses quando seu pai foi morto, de acordo com os advogados da família, Marc Wites do escritório de advocacia Wites & Kapetan em Lighthouse Point e Harry Shevin do escritório Shevin Law Firm em Boca Raton.
A vítima era um paisagista que foi na concessionária de vendas, aluguel e peças da Rechtien para comprar uma peça de caminhão. Um empregado da loja o instruiu a procurar no pátio da concessionária um caminhão similar e que tivesse a peça necessária, de acordo com os advogados Wites e Shevin.
Ele encontrou um caminhão similar ao que ele tinha, abriu a porta que estava destrancada e pressionou o dispositivo para levantar a caçamba do caminhão basculante, para que ele pudesse tirar uma foto da peça similar a que ele procurava. O que ele não sabia era que a peça que sustentava a caçamba do caminhão estava quebrada. A caçamba caiu enquanto ele estava com a cabeça sob a caçamba para fotografar a peça, vindo a prensar seu pescoço e ele morreu.
Sua noiva e mãe da filha do casal estava com ele no momento da tragédia. Como eles não eram casados, ela não teve o direito a nenhuma reivindicação legal. Por ser a única herdeira, a filha do casal é a beneficiária da ação.
“Harry e eu estamos muito orgulhosos deste veredito a favor desta família”, disse Wites. Shevin and Wites eram colegas de classe de direito na Universidade da Flórida e essa foi a primeira vez que defenderam um caso juntos.
O julgamento durou quatro dias e foi presidido pelo juiz Michael Robinson, do Condado de Broward. A decisão do júri ocorreu na sexta-feira (4). “O que a empresa deveria ter feito é ter disponibilizado um empregado para acompanhar e auxiliar o cliente na procura da peça do caminhão. Era uma atividade de responsabilidade do empregado e não do cliente”, disse Wites.