Os advogados de defesa de Nikolas Cruz, autor confesso dos disparos que mataram 17 pessoas na escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, tentaram pleitear a mudança da juíza Elizabeth Scherer do caso. Segundo a moção apresentada este mês pela equipe jurídica, a magistrada deveria se desqualificar das funções porque teria conversado com promotores fora dos tribunais. O julgamento está agendado para janeiro de 2020 e Nikolas é acusado de assassinato em primeiro grau e tentativa de homicídio, o que pode levar à pena de morte.
Os especialistas jurídicos do jovem temem pela imparcialidade da juíza, que coordena os trabalhos do processo desde quando os crimes foram cometidos, em fevereiro de 2018. Por isso, eles pedem que o caso seja transferido aleatoriamente para outro magistrado. A Promotoria de Broward, porém, já se manifestou no sentido de garantir que não houve a referida conversa entre promotores e a juíza fora dos parâmetros da lei.
Acusação e defesa se preparam, agora, para iniciar uma nova batalha, que diz respeito à seleção dos integrantes do júri popular. Isso é fundamental para o resultado do julgamento, até porque a decisão pela pena de morte só pode acontecer em caso de unanimidade de votos do júri.