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Advogados correm para suspender execução de prisioneiro da Flórida marcada para amanhã

Suprema Corte estadual rejeitou pedido para adiar a sentença, e advogados do condenado entraram com recurso nos tribunais federais.

Advogados do prisioneiro Donald David Dillbeck, de 59 anos, estão usando todos os recursos jurídicos para adiar a execução do homem agendada para amanhã, 23 de fevereiro, em Raiford, na Flórida. Se confirmada, Dillbeck será a centésima pessoa a receber a injeção letal no estado, desde que a punição foi restabelecida em 1976.

Na semana passada, a Suprema Corte estadual rejeitou o pedido para suspender temporariamente a sentença, e os advogados de Dillbeck entraram com um recurso nos tribunais federais, que ainda não foi decidido. O jurista Baya Harrison III, que lidera a defesa do réu, argumenta que seu cliente sofre de um distúrbio neuronal resultante da exposição ao álcool quando ainda era um feto.

Dillbeck foi sentenciado à prisão perpétua em 1976 pelo assassinato do vice-xerife do condado de Lee, Dwight Lynn Hall. O policial foi morto a tiros ao tentar impedir o criminoso de cometer um assalto. Após cumprir 11 anos no regime fechado, o prisioneiro escapou da custódia enquanto participava de um programa de ressocialização e matou Faye Vann, a facadas, para roubar o seu carro. Por esse crime ele foi sentenciado, em 1990, a receber a injeção letal.

Na ocasião, oito dos 12 jurados votaram a favor da sentença capital. Os outros quatro optaram pela prisão perpétua. Atualmente, para que um juiz condene um réu à morte na Flórida, é necessário o voto unânime do júri, conforme estabelecido pela Suprema Corte dos Estados Unidos, que considera inconstitucional a condenação por maioria simples.

Caso todos os recursos para poupar a vida de Dillbeck sejam negados, a última saída é o perdão do governador. Medida considerada pouco provável, dado o posicionamento de Ron DeSantisque se coloca como um defensor da pena capital. Recentemente, ele criticou a decisão do júri do condado de Broward de não executar Nikolas Cruz por matar 17 alunos e professores em uma escola de Parkland.


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