Andrew Ittleman espera que Christiano deixe a prisão até 18 de setembro
O advogado Andrew Ittleman, que cuida do caso de Cristiano Glória, da Vionaldo Express, acredita que o empresário sairá da prisão até o dia 18 de setembro. Segundo ele, a Justiça deve estipular uma fiança no início da próxima semana, mas o processo poderá durar anos.
Ittleman considerou a permanência de Cristiano na penitenciária de Broward uma demonstração de racismo por parte do promotor: “Ele é cidadão americano e não tem sequer o passaporte brasileiro válido. Portanto é inadmissível deixá-lo atrás das grades sob o argumento de que ele pode deixar o país. Este tipo de tratamento aconteceu em virtude de seu parentesco com imigrantes brasileiros e porque vive na comunidade”, acusou o advogado.
Christiano foi preso no dia 29 de agosto sob a acusação de ter colaborado com um esquema de lavagem de dinheiro e fraudes de indenizações trabalhistas no setor da construção civil. Segundo o processo, que corre na Corte Estadual em Fort Lauderdale, o empresário teria trocado os cheques (check-cashing) de empresas consideradas de fachada.
Já o caso de Vionaldo, que ficou detido por seis dias até ser liberado com o pagamento de fiança, diz respeito à esfera federal. Ittleman disse que por um breve período, em 2004, a empresa falhou em manter determinadas exigências legais do business, mas o problema foi logo resolvido. Sua próxima aparição na corte está marcada para 10 de outubro.
Ittleman afirmou que jamais pegaria o caso da família se não confiasse plenamente na inocência dos empresários. “Trata-se de uma família de gente honesta e trabalhadora, que fez sucesso na América de maneira correta”, afirmou o advogado. Para ele, a questão fundamental é que não houve a intenção de se cometer o crime, que aconteceram pela má-fé de outras pessoas – profissionais contratados pela empresa ou clientes que foram usar os serviços.
Tanto é verdade que a Vionaldo Express continua operando normalmente, no mall brasileiro da Sample Road, em Pompano Beach. O advogado admitiu, porém, que a equipe da loja tem sido muito mais cuidadosa nos procedimentos operacionais. “Infelizmente os meus clientes confiaram em pessoas desonestas ou incompetentes, mas isso certamente será provado no julgamento”, enfatizou Ittleman.