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Adolescente veste suástica, invade escolas e mata quatro no Espírito Santo; 13 pessoas ficaram feridas

A identidade do criminoso, que foi apreendido horas depois dos ataques, ainda não foi revelada. O símbolo nazista usado pelo atirador foi encontrado com o jovem durante a prisão.

Um adolescente de 16 anos invadiu duas escolas na sexta-feira (25), promovendo um ataque a tiros que matou três professoras e uma estudante na cidade de Aracruz, no Espírito Santo. Ao todo, 13 pessoas ficaram feridas durante o ataque, entre elas, duas crianças hospitalizadas em estado gravíssimo. 

A identidade do criminoso, que foi apreendido horas depois dos ataques, ainda não foi revelada. Ele vai responder por ato infracional análogo aos crimes, quatro homicídios qualificados e nove tentativas de homicídio qualificado. Os agravantes são o motivo fútil e a impossibilidade de defesa das vítimas.

A Secretaria de Segurança do estado investiga se o atirador tem ligação com grupos nazistas, dentro ou fora do Brasil, pois carregava uma suástica na roupa que vestia durante o atentado. O símbolo nazista usado pelo criminoso foi encontrado com o jovem durante a prisão.

O caso aconteceu na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Primo Bitti e no Centro Educacional Praia de Coqueiral, que é particular. As escolas ficam no bairro de Coqueiral, a 22 km do centro de Aracruz. De acordo com a polícia capixaba, o assassino entrou na escola Primo Bitti e fez vários disparos com uma arma, matando três professoras na sala dos docentes. Em seguida, ele foi de carro até o Centro Educacional Praia de Coqueiral, onde matou uma aluna de 12 anos e deixou diversos feridos. Após o ataque, ele fugiu no mesmo veículo em direção à orla.

O assassino foi apreendido em uma das casas de sua família e confessou a preparação do ataque, mas não revelou o que o motivou. De acordo com os oficiais, ele parecia estar em estado de choque, no entanto, estava “tranquilo”. Ele prestou depoimento acompanhado dos pais, que colaboraram com os agentes de segurança.

As duas armas usadas pelo atirador são do pai dele, que é policial militar, mas ainda não está claro como o adolescente teve acesso ao armamento e à munição. Uma pistola .40, da polícia militar capixaba, e um revólver .38, com registro particular, foram usadas durante o ataque. 

O assassino declarou que vinha planejando o ataque por dois anos, mas ainda não se sabe se ele teve ajuda de terceiros para preparar a invasão e cometer os homicídios. 

Em coletiva de imprensa, o governador do Espírito Santo Renato Casagrande informou que o atirador foi transferido da primeira escola que atacou, a Primo Bitti, em junho último. A causa da saída da escola, que ocorreu com o aval da família, não foi revelada. 

De acordo com o governador, o assassino sofre de transtornos psiquiátricos, mas essa informação não constava na ficha do colégio que o jovem estudou. “Isso mostra como a cultura da violência é uma realidade para algumas pessoas, principalmente para os jovens. Esse é um problema de saúde mental com o qual a sociedade tem que lidar hoje em dia”, disse Casagrande.

A polícia do estado do Espírito Santo deve revelar mais detalhes sobre o caso em breve.

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