A administração Biden está pedindo que escolas e faculdades dos EUA tomem medidas imediatas para conter antissemitismo e a islamofobia nos seus campi, citando um “aumento alarmante” nas ameaças. Em carta divulgada na terça-feira (7), o Departamento de Educação disse que há “urgência” no combate a discriminação contra estudantes durante a guerra Israel-Hamas. A carta lembra às escolas o seu dever legal de proteger os alunos e intervir para impedir o assédio que perturba a educação.
“A discriminação baseada no ódio, incluindo o antissemitismo e a islamofobia, entre outras bases, não tem lugar nas escolas do nosso país”, escreveu Catherine E. Lhamon, secretária adjunta para os direitos civis do departamento. As universidades têm enfrentado críticas crescentes sobre a sua resposta à guerra e as suas repercussões nas escolas dos EUA. Estudantes judeus e muçulmanos em muitos campi dizem que muito pouco está sendo feito para mantê-los seguros. Os protestos, por vezes, tornaram-se violentos. O Departamento de Educação ofereceu poucos detalhes sobre como as faculdades deveriam responder ou traçar a linha entre o discurso político e o assédio. Em vez disso, delineou os amplos deveres das escolas ao abrigo da Lei dos Direitos Civis.
O governo afirma que as escolas devem intervir para impedir condutas que sejam “objetivamente ofensivas e tão graves ou generalizadas que limitem ou neguem a capacidade de uma pessoa participar ou se beneficiar de programas ou atividades educativas”. Também pediu às escolas para “estarem vigilantes na proteção dos direitos dos seus alunos”.
O Departamento de Educação investiga relatos de violações dos direitos civis em escolas e universidades. As instituições podem enfrentar penalidades e até a perda de recursos federais. Reunindo-se com um grupo de estudantes judeus de faculdades da área de Baltimore, na semana passada, o secretário de Educação, Miguel Cardona, disse estar “horrorizado” com os incidentes de antissemitismo nos campi dos EUA. Ele prometeu apoiar as universidades enquanto elas trabalham para proteger os estudantes de todas as origens.
Em outras ações, as autoridades federais fizeram parceria com a polícia do campus para avaliar ameaças e melhorar a segurança. Na semana passada, o Departamento de Educação acrescentou texto a um formulário de reclamação federal esclarecendo que certas formas de antissemitismo e islamofobia são proibidas pela lei federal de direitos civis.
*com informações do Local 10 News