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Acusado de estupro, brasileiro mata enteada adolescente e comete suicídio em MA

Em 2021, a adolescente e a sua mãe denunciaram o brasileiro Juliano Santana por estuprar repetidas vezes a menina

Um crime bárbaro abalou a comunidade brasileira em Massachusetts na última quinta-feira (30), após uma adolescente de 16 anos ser vítima de um sequestro seguido de assassinato, perpetrado pelo seu padrasto, que cometeu suicídio após o crime. O caso aconteceu na cidade de Acton, onde os corpos foram encontrados dentro do carro do brasileiro, conforme informado pelo promotor distrital do Condado de Middlesex.

De acordo com as autoridades, Juliano Santana, 49 anos, teria sequestrado a adolescente, identificada apenas com Christina, enquanto ela caminhava próximo à sua residência, após sair da escola onde estudava, na Acton-Boxborough Regional Schools. Ele a forçou a entrar em seu veículo, dirigiu até um estacionamento e atirou nela antes de apontar a arma para si mesmo e cometer suicídio.

Em 2021, a adolescente e a sua mãe, Olena Wilson, denunciaram Santana por estuprar repetidas vezes a menina. Ele estava em liberdade condicional, usando tornozeleira eletrônica enquanto aguardava seu julgamento, e tinha uma ordem de restrição vigente para não se aproximar da vítima ou de qualquer pessoa menor de 18 anos. Santana saiu da prisão sob fiança de $30 mil. Os registos judiciais também mostram que o julgamento de Santana foi remarcado quatro vezes. Originalmente programado para ocorrer em outubro de 2022, foi recentemente programado para começar no final de julho de 2024.

Um GoFundMe foi criado para oferecer suporte à família da vítima nesse momento tão difícil.

O caso repercutiu na imprensa americana e a WCVB, filial da ABC, entrevistou a professora da Faculdade de Direito da Northeastern University, Margo Lindauer, que afirmou que o crime poderia ter sido evitado se a Justiça tivesse mantido Santana preso. “Este é um problema generalizado no sistema: esses casos não são priorizados. Não há procuradores distritais suficientes, não há advogados suficientes e os casos são empurrados”, disse Lindauer. “Até onde sabemos, a mãe fez tudo o que pôde para proteger a filha e não foi suficiente. E isso é algo pelo qual o sistema de Massachusetts deve assumir a responsabilidade.”

A professora Lindauer acrescentou que este caso trágico poderia servir como uma oportunidade para rever as nossas leis sobre violência doméstica e agressão sexual, incluindo se as pessoas deveriam ser detidas sem fiança por acusações de abuso sexual infantil.

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