Brian Benjamin, vice-governador de New York pelo Partido Democrata, foi preso e indiciado por envolvimento em um suposto esquema de fraude em financiamento de campanha nesta terça-feira (12). Ele pagou fiança no valor de $250 mil e foi liberado. Na sequencia, renunciou ao cargo.
A investigação contra o agora ex vice-governador de 45 anos começou em 2019, quando Benjamim era Senador estadual. De acordo com o FBI e a Procuradoria-Federal de NY, que investigaram o esquema, o político recebeu contribuições de campanha de um investidor imobiliário e, em troca, usou sua influência para garantir uma doação de $ 50 mil dólares em dinheiro público para uma organização educacional sem fins lucrativos controlada pelos investidores. “Isso é suborno, é corrupção, simples assim”, disse o advogado Damian Williams, do U.S. Southern Distric of NY, em uma coletiva de imprensa em Manhattan na noite desta terça. Além de recebimento de propina, ele também responde às acusações de fraude eletrônica e falsificação de documentos.
A governadora de NY, Kathy Hochul, aceitou o pedido de renúncia de Benjamim com efeito imediato, e disse que os nova-iorquinos merecem confiança absoluta em seu governo. “À medida que o processo legal se desenrola, fica claro que ele não pode continuar como vice-governador”, declarou Hochul. Ela assumiu o cargo no ano passado, depois que o titular Andrew Cuomo foi afastado por denúncias de assédio sexual.
Benjamin foi nomeado seu vice-governador tempos depois, após perder uma candidatura primária para a controladoria da cidade de New York. Anteriormente, ele atuou como senador do estado para o Distrito 30, que inclui as áreas de Harlem, East Harlem (El Barrio), Upper West Side, Washington Heights, Hamilton Heights e Morningside Heights. Em novembro do ano passado, o FBI já havia prendido o seu tesoureiro de campanha, Gerald Migdol, por conexão com um suposto esquema de corrupção ligado à arrecadação de fundos para a eleição de Benjamin ao Senado.