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Ações de Petrobras desabam 22% em 2016, e vão a menor preço em 12 anos

PETR4 fechou a R$ 4,80 na segunda-feira (18), o menor valor desde 2003; queda acontece em meio à volatilidade do preço do petróleo

DA REDAÇÃO (com G1) – O inferno astral pelo qual passa a Petrobras, maior estatal brasileira, que um dia já foi uma das petrolíferas mais importantes do mundo, parece estar longe de acabar. Na segunda-feira (18), em meio à volatilidade do preço do petróleo no mercado mundial, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) na Bovespa fecharam em queda, cotadas a R$ 4,80, o menor valor desde 2003, segundo a consultoria Economatica, citada pelo portal G1. Os papéis tiveram nova desvalorização depois de recuarem 9% na sexta-feira (15).

O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, recuou 1,64%, aos 37.937 pontos. É o menor patamar desde março de 2009, ainda de acordo com a Economatica.

No ano, as ações preferenciais já acumulam baixa de 22,8%. Dos dez pregões fechados de 2016, os papéis fecharam oito em queda. A nova queda na segunda-feira acontece em meio à volatilidade do preços do petróleo, conforme o mercado segue atentos aos riscos do endividamento e ao plano de desinvestimentos da petroleira.

Pela manhã, os preços internacionais do petróleo mostravam volatilidade, com barril de Brent tendo renovado mínima desde 2003, abaixo de $28 mais cedo, com o mercado preparando-se para receber exportações adicionais do Irã depois que as sanções internacionais ao país foram retiradas no fim de semana.

Menos investimentos
Na semana passada, o Conselho de Administração da Petrobras anunciou a redução do plano de investimentos da companhia para o período 2015-2019 para $98,4 bilhões, uma queda de $32 bilhões ou de 24,5% ante a projeção inicial, principalmente devido à otimização do portfólio de projetos e do efeito cambial, em meio a um cenário de preços do petróleo mais baixos.

A equipe de analistas do UBS destacou em relatório na semana passada que o plano de desinvestimento ainda pode ajudar a criar valor para a companhia, mas ponderou que os desafios crescem e que eles ainda vêem riscos elevados de uma oferta de ações, “embora provavelmente não este ano”.

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