Fotógrafa paulistana radicada em Miami detalha ao AcheiUSA os projetos em que estará envolvida em 2015
CAIO CAMPOS
CAIO CAMPOS
Ela é paulistana e vive radicada em Miami há muitos anos, mas sua arte – a fotografia – é global. Prova disso é o itinerário que a fotógrafa Jade Matarazzo, um dos nomes mais conceituados junto à comunidade artística brasileira da Flórida, percorreu em 2014. Seus cliques puderam ser apreciados por amantes de fotos em cidades como New York, Londres e Tóquio. E 2015, que acaba de começar, dá sinais de que não será nem um pouco diferente.
“O ano passado foi um período definitivamente positivo e de muito trabalho, mas 2015 promete ainda mais. Será quando irei celebrar dez anos de carreira, e farei diversos eventos especiais com perfil agregador”, diz a artista, notória pelo incentivo que dá para que outros fotógrafos também sejam reconhecidos.
Jade aproveitou o papo com o AcheiUSA para detalhar os projetos em que estará envolvida neste ano. “Nas próximas semanas já estarei mergulhada em novos projetos. Destaco para este ano iniciativas de continuidade, que batalho para que sejam parte do calendário permanente da arte”, conta. “A ideia é sempre incentivar e divulgar os artistas brasileiros já consagrados no exterior, mas dando também oportunidade para novos talentos, exibidos no mesmo ambiente que os artistas estabelecidos.”
A fotógrafa, que se inspira com a arte de mestres atemporais como Garry Winogrand, Yousuf Karsh e André Kertész, enumera os projetos aos quais vai se dedicar. “O ArtBrazil, que realizo em parceria com a Maria Fulfaro, da Simply Marketing, chegará em 2015 à sua 3ª edição. Tem também o Brazilian Eyes, projeto realizado junto ao Focus Brasil, do jornalista Carlos Borges, e que fomenta o mercado fotográfico, sendo esperado pelos profissionais. Por fim, estarei envolvida na ExpoArt Internacional, também integrando o Focus Brazil, que é um projeto de artes visuais ja realizado no Japão e na Inglaterra e que esse ano chega a Miami”, explica.
Inspirada por Miami
A riqueza cultural da cidade de Miami, para Jade, é fonte de inspiração para cliques. Segundo ela, há pontos na cidade que aguçam sua criatividade e rendem bons registros. “A câmera é o pincel que uso para ‘pintar’ o mundo. Gosto do singular e procuro lugares diferentes para fotografar. O bairro de Wynwood, em Downtown, me oferece várias ideias, mas também busco lugares especias, que me alimentam a alma, como o Morikami Museum, em Boca Raton, e os jardins do Vizcaya, em Coral Gables”.
A artista acredita que definir um estilo faz parte da identidade de quem quer se firmar no mundo da arte, mas evita seguir uma estética em particular para não se limitar. “Criar um estilo dá a base a um trabalho consistente, que corresponde à sua visão do mundo. Mas nao posso me definir por um estilo, exatamente porque gosto da experimentacao. Quero poder visitar os diversos caminhos que a camera possibilita. Sou uma pessoa intuitiva e me deixo levar pelo que desperta meu olhar. Se tivesse que me definir, me definiria como alguém apaixonada pela arte.”