Gostaria de dar meu depoimento pessoal sobre a verdadeira comoção causada no Brasil a morte da cantora e compositora Marília Mendonça. Afastado do Brasil há 25 anos, mas sempre conectado com os fatos e a cultura do meu país, apenas havia ouvido falar sobre Marília Mendonça. Faz sentido. A moça morreu aos 26 anos de idade, deixando para a posteridade uma profusão de composições e uma voz bonita, embora eu não conhecia seu repertório. Apenas havia lido sobre sofrência – algo que eu nem sabia como definir dentro do segmento da música sertaneja.
Como bem colocou o G1, as músicas de Marília Mendonça arrebataram o Brasil com letras e melodias intensas e românticas. Considerada uma das artistas mais populares do sertanejo, ela liderou uma reviravolta feminina no gênero, que impôs mulheres como protagonistas do estilo até então dominado quase apenas por homens, a partir de 2016, no chamado “feminejo”. Ela causou uma revolução no gênero ao lado de suas amigas, as irmãs Maiara e Maraísa, que agora prometem carregar esta bandeira com muito orgulho.
Marília Mendonça nasceu em Cristianópolis (GO) em 22 de julho de 1995. Entre os seus grandes sucessos, que a colocaram como uma das cantoras mais ouvidas do país, estão “Infiel”, “De quem é a culpa?” e “Eu sei de cor”. Ela deixa um filho, Léo, que completa dois anos em dezembro.
Além dos artistas do meio sertanejo, a jovem intérprete arrebatou fãs de outros segmentos, como o famoso Caetano Veloso que incluiu seu nome em uma de suas composições mais recentes. A morte dela ainda serviu para que os “intelectuais” confessassem nunca ter ouvido nenhuma canção de Marília Mendonça. Esta discussão, aliás, ganhou várias páginas de Facebook e de outras mídias sociais.
Talvez seja mesmo o momento de as pessoas se tornarem mais ecléticas, pois saber ouvir – e apreciar! – todos os ritmos abre novas perspectivas e serve para aumentar o horizonte dos amantes da música.