Histórico

Aperto nos imigrantes ilegais no Reino Unido

O Reino Unido apertará o cerco contra os imigrantes no país, com multas mais pesadas a firmas que alugam casas e empregam pessoas em situação irregular. A rainha Elizabeth 2ª detalhou estas medidas durante seu discurso na abertura dos trabalhos no Parlamento, nesta terça-feira (8).

A ideia é que as medidas virem lei até 2014. Donos de imóveis alugados por imigrantes serão responsáveis por conferir a situação de seus inquilinos, e empregadores terão de pagar multa caso seus funcionários estejam nesta situação.

Segundo o premiê David Cameron, que falou antes da rainha, a medida visa reprimir “estrangeiros que abusam dos nossos serviços públicos”. “Queremos que este país atraia pessoas que vêm somar à nossa vida nacional – mas aqueles que não o fizerem devem ser detidos”.
O premiê e seu vice, Nick Clegg, também prometeram medidas para ‘turbinar’ o setor privado e criar “os empregos que o povo precisa”.
Cotexto

O pano de fundo das medidas é o avanço do Ukip (Partido da Independência do Reino Unido), partido de extrema-direita que conseguiu seu melhor resultado nas recentes eleições locais no país. Segundo o tabloide britânico “Daily Mail”, o sucesso da coalizão de Cameron fez o número de migrantes do país diminuir um terço desde 2010.

Apesar do avanço da direita ultranacionalista no país, nas prioridades do governo não há nenhuma referência à convocação de um referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE), que Cameron planeja para 2017, se vencer as eleições de 2015. A saída da UE é uma das bandeiras do Ukip.

As propostas do governo focam na economia. Ao todo, a rainha citou mais de uma dezena de projetos que o governo espera ver transformados em lei até o próximo ano. Muitas focam na economia e em programas sociais do país.

Outras medidas anunciadas incluem desde direitos do consumidor e combate à corrupção até novas regras de controle de cães raivosos. Segundo o The Guardian, o resumo do discurso da rainha distribuído pelo governo dá a entender que pode ser retomada uma proposta polêmica que autorizaria o governo a monitorar e-mails, internet e acesso móvel da população. Não foi incluído na proposta, porém, o plano revelado há meses pelo governo para que a polícia possa acessar as listas das páginas da internet mais visitadas pelas pessoas, como meio de controlar as atividades terroristas.

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