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The Economist diz que Brasil precisa tirar Bolsonaro em 2022 para sair de crises

Relatório especial da revista britânica afirma que o Brasil vive hoje "sua maior crise desde o retorno à democracia" e atribui a maior parte dos problemas ao governo do presidente Jair Bolsonaro

The Economist
The Economist

Um relatório especial da revista britânica The Economist, publicado na quinta-feira (03), afirma que o Brasil vive hoje “sua maior crise desde o retorno à democracia em 1985” e atribui a maior parte dos problemas ao governo do presidente Jair Bolsonaro.

A capa do relatório — que contém sete reportagens em 11 páginas — traz uma imagem do Cristo Redentor usando uma máscara de oxigênio e a manchete “On the brink” (“Na beira”).

“Os desafios do Brasil são assustadores: estagnação econômica, polarização política, ruína ambiental, regressão social e um pesadelo ambicioso. E teve de suportar um presidente que está minando o próprio governo. Seus comparsas substituíram funcionários de carreira. Seus decretos têm forçado freios e contrapesos em todos os lugares”, diz o texto de abertura do relatório assinado pela correspondente do The Economist no Brasil, Sarah Maslin.

No artigo que conclui o relatório — intitulado “Hora de ir embora” — a revista diz que o futuro do Brasil depende das eleições de 2022, e a prioridade mais urgente do país é se livrar de Bolsonaro.

“Os políticos precisam enfrentar as reformas econômicas atrasadas. Os tribunais devem reprimir a corrupção. E empresários, ONGs e brasileiros comuns devem protestar em favor da Amazônia e da constituição”, diz a revista.

“Será difícil mudar o curso do Brasil enquanto Bolsonaro for presidente. A prioridade mais urgente é votar para retirá-lo do poder.”

A revista não sugere qual candidato seria o mais indicado para governar o Brasil. “As pesquisas sugerem que Lula ganharia em um segundo turno. Mas, à medida que a vacinação e a economia se recuperam, o presidente pode recuperar terreno. Lula deve mostrar como a forma de [Bolsonaro de] lidar com a pandemia custou vidas e meios de subsistência, e como ele governou para sua família, não pelo Brasil. O ex-presidente deve oferecer soluções, não saudades.”

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