Grupo bipartidário de senadores anuncia projeto de legalização de indocumentados e Obama fala amanhã sobre os planos da Casa Branca
Um grupo de senadores democratas e republicanos chegaram a um acordo a respeito de um plano de reforma imigratória que providencie um caminho de legalização para os imigrantes indocumentados que vivem nos EUA.
O plano foi revelado na véspera do dia em que o presidente Barack Obama deve se pronunciar a respeito do assunto em Las Vegas.
De acordo com a proposta, os imigrantes indocumentados poderiam registrar-se junto ao governo e pagar uma multa. Em seguida, eles ganhariam um status legal provisório que lhes permitiria trabalhar legalmente no país.
Finalmente, eles iriam para “o fim da fila” para tornarem-se residentes permanentes. O documento é assinado por oito senadores, incluindo os republicanos Marco Rubio, John McCain, Jeff Flake e Lindsey Graham; e os democratas Charles Shumer, Dick Durbin, Michael Bennet e Robert Menendez.
A Casa Branca louvou os esforços do grupo bipartidário, mas ressaltou que Obama não ficará contente se a reforma não for completa. O presidente continuará a “clamar do Congresso uma ação até que ela seja alcançada”, disse um porta-voz.
Ainda de acordo com o plano, ninguém ganhará a residência até que novas medidas sejam implementadas para coibir a entrada de imigrantes ilegais através das fronteiras americanas. A questão é considerada um ponto crítico para os membros conservadores no Congresso.
O caminho para a cidadania também vai passar por uma fiscalização e controle mais rigorosos sobre os imigrantes que permeneceram no país além do tempo de seus vistos.
A proposta é semelhante a outros projetos de reforma imigratória, como a de 2007. Todas fracassaram no Congresso, em parte por causa de uma discordância quanto às medidas de segurança na fronteira.
Mas os especialistas dizem que desta vez é diferente. O clima nunca esteve tão favorável para a reforma.
”Conservadores, agentes da lei e donos de negócios clamam pela reforma. Não havia isso em 2007”, disse Ali Noorani, diretor executivo do National Immigration Forum.