DA REDAÇÃO – Polícia diz que 24 mortos eram suspeitos, mas não deu detalhes sobre quem eles são e o que faziam ao serem baleados. A 25ª vítima é o policial André Frias. Especialista classifica ação como ‘inaceitável’ e ‘desastrosa’.
A operação policial desta quinta-feira (6) no Jacarezinho, comunidade na Zona Norte do Rio, é a que deixou mais mortos na história do estado ao menos desde 1989. Até as 16h05, 25 pessoas haviam morrido baleadas, e a operação seguia em andamento.
O levantamento foi feito pelo G1 com informações do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (Geni) da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da plataforma Fogo Cruzado.
Um dos mortos foi o policial civil André Leonardo de Mello Frias, da Delegacia de Combate à Drogas (Dcod). A Polícia Civil diz que os outros 24 assassinados são suspeitos de integrar o crime organizado, mas não revelou as identidades ou as circunstâncias em que foram mortos.
O sociólogo Daniel Hirata, do Geni, cobra uma resposta das autoridades quanto à operação que classifica como inaceitável.
“Essa que foi a operação mais letal que consta na nossa base de dados, não tem como qualificar de outra maneira que não como uma operação desastrosa”.
Hirata diz que, segundo os moradores, a ação se tornou mais violenta após a morte do policial e que ficou “incontrolável”.