Douglas Gonçalves, 30 anos, de Alpercata (MG), foi preso em sua casa na cidade de Natick, em Massachusetts, no último dia 5 de fevereiro. Ele está sendo acusado de terrorismo que, segundo a Natick Police Department, teria sido praticado contra funcionários da rede de supermercados Wegmans.
O brasileiro é pastor auxiliar na igreja Philadelphia Ev. Church e mora nos EUA há um ano e meio com a família. Ele trabalhava no Instacart, um serviço no qual as pessoas fazem compras pela internet em supermercados e a empresa envia um personal shopper para retirar os produtos e entregar aos clientes.
O xerife à frente do caso, David Buono, de Medford, disse que no dia 28 de janeiro a Instacart demitiu Gonçalves e ele atribuiu a demissão a reclamações feitas por funcionários do Wegmans sobre seus serviços.
De acordo com o xerife, o mineiro teria enviado e-mails dizendo que iria entrar atirando no supermercado, o que a polícia considerou uma ameaça terrorista. Além disso, Douglas também foi acusado de posse de documentos fraudulentos, pois usou uma identidade falsa enquanto trabalhava.
Em uma transmissão ao vivo no Facebook, a missionária e esposa do pastor, Daiana Alves, rebateu as acusações: “Esse e-mail não existe, se existe não foi enviado pelo meu marido, as acusações que eles fizeram eram acusações falsas”, disse “meu marido é um servo de Deus”, acrescentou.
Daiana relatou que, após a prisão, a família foi expulsa do apartamento em que moravam e agora precisam da ajuda da comunidade para pagar despesas correntes. Além disso, eles não dispõem de recursos para os honorários do advogado de defesa de Douglas, que somam $12,5 mil.
O brasileiro está preso sem direito a fiança e irá comparecer a uma audiência no tribunal de Natick nesta quarta-feira (17).