O escritório oficial de estatísticas (BEA) do Departamento de Comércio dos EUA divulgou que a economia do país caiu 3,5% em todo o ano passado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (28) – a maior queda desde 1946, após o final da 2ª Guerra Mundial.
Apesar do número negativo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) admitiu que a queda foi inferior ao que se esperava, pois se projetava uma queda de 4,3% do PIB dos EUA em 2020. Mas o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) esperava um resultado melhor, com queda de 2,5%. Em dólares correntes, a queda foi de US$ 500,6 bilhões, para um nível de 20,93 trilhões.
A queda no PIB do ano passado refletiu recuos em gastos dos consumidores, exportações, investimentos em investimentos privados, investimentos fixos não residenciais e gastos de governos locais. Eles foram parcialmente compensados por aumentos nos gastos do governo federal, e investimentos fixos residenciais.
Segundo o BEA, a queda nos gastos dos consumidores veio principalmente dos serviços, em especial os de alimentação e acomodação, serviços de saúde e de recreação. Já a queda nas exportações foi registrada tanto em serviços (destaque para viagens) quanto em bens (especialmente bens de capital não automotivos).
O gigantesco plano de estímulo de 2,2 trilhões de dólares adotado em março permitiu que os americanos enchessem suas carteiras no início da crise. Mas o término das medidas de ajuda obrigou-os a usar essa economia para despesas básicas, apontou a agência France Presse.
Com o novo plano de estímulo assinado pelo presidente Joe Bide que deve ser distribuído à população americana espera-se um reaquecimento da economia a fim de energizar alguns setores que ainda estão sofrendo as consequências da pandemia do covid-19.