A partir do outono de 2022, Connecticut irá exigir que as escolas secundárias ofereçam classes de estudos afroamericanos, porto-riquenho e latino, se tornando o primeiro estado no país a fazer a exigência.
O governador Ned Lamont fez o anúncio na última quarta-feira, 16, após assinar a lei Public Act 19-12, no ano passado. A lei exige que as escolas secundárias (high school) “incluem um curso eletivo de estudos de nível médio que forneça aos estudantes uma melhor compreensão da contribuição do afro-americano, negro, porto riquenho e latino na história, sociedade, economia e cultura dos Estados Unidos.
Apesar das escolas secundárias serem requeridas a oferecer as aulas, os estudantes não serão obrigados a assistir. A mudança chega no mesmo momento em que os distritos escolares ao redor do país estão prestando mais atenção na diversificação dos currículos do ensino fundamental devido ao fato das comunidades estarem prestando mais atenção no que é ensinado nas escolas e o que é deixado de fora.
Para o brasileiro Nilson Marques, residente de Danbury, CT, acredita que a iniciativa é positiva. Para ele, o ensino da história verdadeira dos afro-descendentes nos EUA, que já é ensinada nas escolas de nível superior, mostra como ela de fato aconteceu e não a versão contada pelos ditos vencedores. “Quem escreveu a história oficial foram os brancos, privilegiados e muitos deles donos de escravos. Foram eles que escreveram a história”, diz Nilson.
Quanto ao fato das aulas serem facultativas, Nilson acredita que em um primeiro momento a adesão poderá ser pequena. “Eu penso que os alunos da área de humanas deverá ter um interesse maior, mas o fato do estado colocar esta obrigatoriedade já é um fato muito positivo”, completa ele.
O governador disse que a medida é um passo que era necessário há muito tempo. “O aumento da diversidade do que nós ensinamos é crítica para oferecer aos estudantes um melhor entendimento de quem nós somos como sociedade e para onde estamos indo”, disse Lamont acrescentando que este curso nas escolas secundárias “serão um benefício enorme não somente para os nossos estudantes negros e latinos, mas para estudantes de todas as origens porque todos podem se beneficiar destes cursos”.
Miguel Cardona, comissário de educação do estado, também celebrou a iniciativa dizendo que 27% dos estudantes do estado se identificam como hispanos ou latinos e 13% como negros ou afro-americanos. “Identidade importa. Este currículo reconhece isso ao conectar a história das pessoas de cor nos EUA à história maior do país”.
Primeira tempestade despeja mais de 30 centímetros de neve em Connecticut
Uma tempestade de neve que começou na madrugada de quinta-feira, 17, e se estendeu por todo o dia, deixou cerca de um pé de neve acumulada na maior parte do estado provocando o fechamento de escolas e deixando as ruas e estradas escorregadias e perigosas.
Depois da neve cair forte durante a madrugada, tornando as viagens traiçoeiras, a neve diminuiu após o amanhecer de quinta-feira. Uma neve leve continuou ao longo do dia, contribuindo para o acúmulo.
As autoridades do estado e dos municípios pediram à população para permanecerem em casa e evitar as estradas. Muitos brasileiros aproveitaram o primeiro dia de uma grande nevasca para brincar com as crianças nos quintais e em praças cobertas pela neve.
Algumas cidades tiveram um acúmulo acima de 35 centímetros.
Considerando a quantidade de neve que caiu, o governador Ned Lamont disse que o estado lidou bem com a tempestade durante uma coletiva de imprensa na manhã de quinta-feira, 17. “Não houve nenhum grande acidente”, disse.
“Agradeço a cada um de vocês por evitar sair de carro. Eu acredito que isso ajudou a manter os acidentes em um patamar mínimo”, completou ele.
Lamont ainda disse que a proibição da circulação de caminhões e carros com reboques foi altamente eficaz por ajudar a manter as estradas livres de acidentes que poderiam ter bloqueado as ruas.