Brasil

Homem é espancado até a morte por seguranças do Carrefour em Porto Alegre (RS)

A cena vem sendo comparada nas redes sociais com o que aconteceu com George Floyd, que morreu sufocado por policiais em Minneapolis (MN), nos EUA

Um homem foi espancado e morto por um segurança e um policial militar na porta de uma unidade do Carrefour, no bairro Passo D’Areia, em Porto Alegre (RS).

O caso aconteceu nesta quinta-feira (19), véspera das celebrações do Dia da Consciência Negra no Brasil.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, um dos homens segura a vítima e o outro desfere murros. A vítima, mais tarde identificada como João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, grita enquanto é espancada. Ao fundo, uma pessoa grita: “Vamos chamar a Brigada (Militar)”. Uma mulher, aparentemente uniformizada, observa de perto, segurando um celular.

Segundo uma testemunha, as pessoas pediam para que as agressões parassem, mas isso não aconteceu. “Não pararam. A gente gritava ‘tão matando o cara’, mas continuaram até ele parar de respirar”, contou ao jornal O Globo o homem que disse conhecer a vítima.

O laudo preliminar da causa da morte indica asfixia. A cena vem sendo comparada nas redes sociais com o que aconteceu com George Floyd, que morreu sufocado por policiais em Minneapolis (MN), nos EUA.

Uma ambulância foi acionada, mas João Alberto Silveira Freitas morreu no local. O vídeo abaixo contém imagens fortes.

Os nomes dos seguranças que cometeram o crime foram revelados nesta sexta-feira (20) pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. São eles: Magno Braz Borges, e Giovane Gaspar da Silva, de 24 e 30 anos, respectivamente.

Segundo relatos de testemunhas, a confusão teria começado por causa de um desentendimento entre a vítima e um funcionário do caixa. Elas disseram que Beto, como os amigos o chamavam, fez “gestos agressivos” dentro do supermercado. Os seguranças conduziram João para fora da loja, onde a briga começou na porta.

Em nota, o Carrefour informou que lamenta profundamente o caso e que iniciou rigorosa apuração interna para que os agressores sejam responsabilizados legalmente.

A rede chamou o ato de criminoso e anunciou o rompimento do contrato com a Vector, empresa de segurança que responde pelos funcionários agressores.

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