Nesta quarta, 22 de outubro, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou alívio de restrições em áreas da cidade de Nova York consideradas hot spots, onde a taxa de transmissão do novo coronavirus estava acima de 5% no início do mês de outubro.
No dia 6 de outubro, Cuomo havia anunciado a criação de um mapa, onde restrições seriam estabelecidas a fim de combater o alta da taxa de infecção por coronavirus. Essas áreas incluíam partes do Brooklyn e do Queens. Também fora da cidade de Nova York, outras regiōes consideradas hot spots eram os condados de Rockland e Orange.
“Você pode traçar uma linha nesses mapas em qualquer lugar. Conforme as regiões vão melhorando, você pode redesenhar as zonas. E isso é o que estamos fazendo agora,” declarou Cuomo na quarta em entrevista a CBS News.
Os hot spots estão diferenciados em cores: vermelho, laranja e amarelo. Quanto maior a taxa de infecção, maiores as restrições. Por exemplo, a área vermelha, com mais de 5% de taxa de infecção, cancelou todos os serviços nāo-essenciais, além do retorno às aulas. Também restringiu serviços religiosos e direcionou restaurantes a somente serviços de entregas e refeições para viagem.
O novo lockdown afetou primariamente bairros onde há predominância da comunidade judaica ortodoxa, causando protestos de membros destas localidades, além de uma certa confusão, pois os moradores não entendiam quais partes de seus bairros exatamente seriam inclusas nas restrições. Pais de alunos também tiveram que se reorganizar no último minuto, pois escolas, que tinham acabado de reabrir, tiveram que ser fechadas novamente.
Porém, membros da líderes das comunidades se aliaram ao governo estadual a fim de combater essa nova onda de infecções. O prefeito da cidade, Bill de Blasio, demonstrou otimismo com a aliança entre o estado e a cidade, tendo em vista a eficácia da operação. Na quarta-feira, 22 de outubro, partes da zona vermelha apresentavam taxa de infecção em torno de 3%. O líder do sindicato dos professores – UFT (United Federation Teacher), Michael Mulgrew, também declarou apoio ao fechamento das escolas em hot spots.
Apesar deste resultado, nem todas as regiões foram aliviadas das restrições, por não terem desempenhado tāo bem na tentativa de diminuir a taxa de transmissão do coronavirus. Na cidade de Nova York, algumas restrições ainda permanecem no sudeste do Brooklyn e a cidade está em alerta por possíveis futuras zonas, caso infecções aumentem.
Poucos Casos de COVID-19 Nas Escolas Públicas em Nova York.
A cidade de Nova York entrou na terceira semana de aulas presenciais com a noticia de que o sistema registrou mínimos casos de COVID-19 no sistema.
O plano de reabertura das escolas em Nova York, que dá opção aos pais de escolherem entre educação híbrida ou totalmente remota, envolve preparar os prédios com higienização extensiva e medidas de distanciamento social. O plano ainda inclui testes de COVID-19 aleatórios entre professores, funcionários e alunos.
Depois de ter tomado a decisão de reabrir as escolas para os alunos que optaram por ensino híbrido no dia 22 de setembro, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, decidiu que seria melhor reabrir em fases, sendo que na primeira semana, jardins de infância e educação especial abririam, seguidos de middle school na semana seguinte e por último high school.
A estratégia tem sido eficaz até o momento: dos 16,348 testes realizados no sistema, somente 28 testaram positivo: 20 funcionários e 8 estudantes.
Mesmo com um aumento de infeções na cidade a partir de setembro, oriundos na maioria dos hot spots, os casos de COVID-19 nas escolas é baixo. Nestes locais de altas taxas de infecção, o governo estadual decidiu fechar as escolas por precaução.
Com este resultado prévio, o sistema escolar de Nova York espera servir de modelo para o restante do país.
Apesar destes resultados, especialistas da área de saúde alertam que a quantidade de testes dentro do sistema é limitada e membros do sistema têm utilizado o sistema de teste da cidade, ao invés de utilizar o teste dentro do sistema escolar. O governo estadual enviou pontos de teste próximos às escolas dos hot spots. Além disso, as escolas devem receber uma autorização dos pais por escrito para poder realizar o teste nos alunos, o que limita a quantidade de testes realizados em alunos.
Por fim, apesar do otimismo, a cidade deve permanecer em alerta com relação a um possível aumento de casos e uma possível segunda onda, que podem derrubar os planos de um retorno seguro às escolas.
A Seguir, Um Guia Para Celebrar O Halloween Com Segurança em Nova York
A temporada de feriados está se aproximando. O Halloween será o primeiro a testar as alterações necessárias para conter a disseminação do novo corona vírus, enquanto ainda mantendo a tradição.
Na quarta-feira, dia 21 de outubro, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio divulgou as regras necessárias para que os nova iorquinos celebrem o Halloween em segurança.
Entre as medidas necessárias, a principal será a continuação do uso de máscaras. De Blasio enfatiza que máscaras de fantasias não devem substituir a cobertura facial tão importante para impedir a transmissão de germes.
Além disso, a prefeitura alerta que atividades devem ser limitadas a ambientes externos. Coleta de doces devem ser feita em residências, evitando ir a prédios de apartamentos. Festas em ambientes internos devem ser evitadas e participantes devem limitar atividades para ambientes externos e em grupos de pessoas pequenos. Durante a coleta de doces, os residentes devem dar os doces utilizando uma tigela, ao invés de entregar um a um para as crianças. As crianças devem manter 6 pés de distância após tocar a campainha e constantemente aplicar álcool em gel nas mãos.
“É uma das noites de mais alegria a cada ano, e este anos será diferente, mas irá acontecer. Gostaria de deixar bem claro que Halloween irá acontecer em Nova York, e acontecerá com segurança,” declarou De Blasio em sua coletiva de imprensa de quarta-feira.