Os planos do governo Trump eram proibir novos downloads do aplicativo TikTok a partir de meia-noite deste domingo (27), e que os atuais usuários americanos tivessem acesso ao app apenas até 12 de novembro.
Entretanto, o TikTok conseguiu uma prorrogação de último minuto no domingo, quando um juiz federal dos Estados Unidos suspendeu a medida imposta pelo presidente.
A resolução do juiz distrital Carl Nichols não foi divulgada, então não foi possível saber o que motivou a decisão de suspender a proibição.
O aplicativo tem cerca de 100 milhões de usuários cadastrados nos EUA.
Em uma audiência por telefone, algo incomum, o juiz Nichols ouviu no domingo os advogados do TikTok, que pertence à empresa chinesa ByteDance, que argumentaram sobre a liberdade de expressão e a segurança nacional.
Em um documento apresentado antes da audiência, os advogados do TikTok consideraram que a proibição era “arbitrária e um capricho”, que “abalaria a segurança dos dados” ao bloquear as atualizações e correções do aplicativo utilizado por quase 100 milhões de americanos.
A empresa também alegou que a proibição era desnecessária porque negociações estavam em curso para reestruturar a propriedade do TikTok com o objetivo de abordar as questões de segurança nacional citadas pelo governo.
Os advogados do governo argumentaram que o presidente tem o direito de adotar medidas de segurança nacional e que a proibição era necessária devido aos vínculos do TikTok com o governo chinês por meio da ByteDance.
Um relatório do governo classifica a ByteDance como “porta-voz” do Partido Comunista Chinês, alegando que a empresa está “comprometida a promover a agenda e as mensagens” do partido.
Um porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, pediu nesta segunda-feira a Washington que proporcione um ambiente empresarial “justo e não discriminatório” nos Estados Unidos e criticou “a intimidação” contra suas empresas.