O ator e ativista ambiental, Leonardo DiCaprio, usou as redes sociais para criticar, nesta terça-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro pelo aumento dos incêndios na Amazônia nos anos 2019 e 2020.
“O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, está sob pressão internacional para inibir as queimadas, mas duvidou publicamente delas no passado, culpando oponentes e comunidades indígenas”, criticou o ator.
DiCaprio citou dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para mostrar o aumento de 28% dos incêndios na floresta amazônica em julho deste ano em comparação a 2019. “Os primeiros números de agosto também mostram um aumento de 7%”, alertou o ator.
Além do texto, DiCaprio compartilhou um vídeo do jornal britânico The Guardian , gravado este mês , que mostra quilômetros da Floresta em chamas.
Resposta do vice-presidente Mourão
Incomodado com as declarações feitas pelo astro, o vice-presidente, Hamilton Mourão, rebateu às críticas nesta quarta-feira (19), durante um encontro da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre desenvolvimento sustentável na Amazônia.
“Eu gostaria de convidar o nosso mais recente crítico, o nosso ator Leonardo DiCaprio, para ir comigo aqui a São Gabriel da Cachoeira e nós fazermos uma marcha de 8 horas pela selva, entre o aeroporto de São Gabriel e a estrada de Cucuí. E ele vai aprender, em cada socavão que ele tiver que passar, que a Amazônia não é uma planície e aí entenderá melhor como funcionam as coisas nesta imensa região”, acrescentou o vice-presidente.
Ele também afirmou aos jornalistas que a floresta “não está queimando”.
“Uma primeira coisa que tem que ficar clara: onde ocorre queimada na Amazônia é naquela área humanizada, a floresta não está queimando. E no entanto a imagem que é passada para o resto do Brasil e para comunidade internacional é que tem fogo na floresta. E não adianta vocês mostrar mapa da Nasa, mostrar o mapa do Inpe que a turma não aceita o dado”, afirmou.
Dados divulgados pelo Inpe informou que os alertas de desmatamento na Amazônia aumentaram 34,5% nos últimos 12 meses.