A interrupção da gravidez foi autorizada pela Justiça do Espírito Santo após caso tomar conhecimento público e movimentar uma série de protestos nas redes sociais em todo o Brasil.
Nas redes sociais, um grupo de ativistas divulgou uma nota conjunta neste final de semana, celebrando a decisão e cobrando novas ações das autoridades. “Essa vitória não é o fim da linha, é só o começo. Foram 157 meninas engravidadas no Estado do Espírito Santo só em 2020. Queremos programa de prevenção ao estupro de vulnerável e programa de assistência integral às sobreviventes”, diz parte da nota.
O caso que chocou o Espírito Santo e o Brasil se tornou público depois que a menina deu entrada no Hospital Roberto Silvares, em São Mateus, se sentindo mal. Enfermeiros perceberam que a garota estava com a barriga estufada, pediram exames e detectaram que ela está grávida de cerca de 3 meses.
Em conversa com médicos e com a tia que a acompanhava, a criança relatou que o tio a estuprava desde os 6 anos. Ela disse que não havia contado aos familiares porque tinha medo, pois ele a ameaçava.
A Polícia Civil fez buscas no Estado e também na Bahia onde o tio da criança, de 33 anos, suspeito pelo crime, tem familiares. Ele não foi localizado e é considerado foragido.
A menina está em um abrigo, acompanhada de assistentes sociais. O Ministério Público, através da promotoria de Infância e Juventude, entrou com uma ação impedindo a divulgação de qualquer informação sobre o caso, para proteger a integridade da família e da criança.