Essa semana os Estados Unidos quebraram um jejum de 17 anos sem execuções federais no País. Os dois sentenciados foram Daniel Lewis e Wesley Purkey, executados na última terça-feira (14) e quinta-feira (16) respectivamente, nos Estado de Indiana, por meio de injeção letal.
Uma outra execução estava programa para esta sexta-feira (17), mas foi bloqueada pela juíza Tanya S. Chutkan, de Washington.
A retomada das execuções por crimes federais foi autorizada há um ano pelo procurador-geral americano, William Barr. Elas estavam suspensas pelo Departamento de Justiça e, nas últimas duas décadas, apenas estados com previsão de pena de morte em suas constituições estavam levando adiante as penas de morte.
Os crimes
Daniel Lewis Lee, era um supremacista branco que roubou, torturou e matou uma família de três pessoas em 1996, no Arkansas, com a intenção roubar e vender as armas da família para conseguir financiar o projeto de fundar a “República das Pessoas Arianas”. Ele foi sentenciado em 1999. Segundo os advogados de Lee, o homem renunciou a ideologia supremacista desde que foi preso.
Wesley Ira Purkey, foi preso no Missouri em 1999 pelo estupro e assassinato de uma menina de 16 anos. Ele estava no corredor da morte desde 2003, mas se beneficiou de um hiato nas execuções federais ao longo dos anos até a gestão do presidente Donald Trump, que retomou a prática nesta semana.
A retomada das execuções tem recebido inúmeras críticas de grupos defensores de direitos humanos. Cassandra Stubbs, diretora da União Americana pelas Liberdades Civis, declarou ao New York Times que não ha razão para a retomada dessas mortes federais após décadas de suspensão. “Estamos atravessando a pior crise de saúde pública das nossas vidas. Não há razão para o governo federal retomar essa medida, exceto para nos distrair das suas decisões”, disse