Determinado a reabrir as escolas no outono, o presidente Donald Trump ameaça governadores com retirada de fundos federais se não o fizerem.
E reclamou, nesta quarta-feira, dia 8, que as diretrizes de segurança de seus profissionais de saúde pública são impraticáveis e caras demais. Mais tarde, o vice-presidente, Mike Pence, anunciou que os Centros de Controle e Prevenção de Doenças emitirão, na próxima semana, novas recomendações “que manterão os alunos seguros”. Ele sugeriu que as futuras contas de ajuda do Covid-19 poderiam estar vinculadas à reabertura de escolas como uma maneira de “dar aos estados um forte incentivo para o retorno das crianças”.
Apesar da crescente pressão de Trump sobre autoridades estaduais e locais, a cidade de Nova York anunciou que a maioria dos estudantes retornaria às salas de aula apenas dois ou três dias por semana e que o restante seria online. “Não poderemos ter todos os alunos na escola ao mesmo tempo”, disse o prefeito, Bill de Blasio. Da mesma forma, nos condados do sul da Flórida (Miami-Dade, Broward e Palm Beach) a tendência não é a de um retorno integram: “Vamos continuar oferecendo às famílias as opções que discutimos durante as últimas semanas. Ou seja, nosso foco é a segurança dos alunos e professores”, garantiu o superintendente Alberto Carvalho, de Miami-Dade.
Com mais de três milhões de casos, mais de 130 mil mortos e hospitais com capacidade no limite em vários estados, Trump acusou os democratas de quererem manter as escolas fechadas por razões eleitorais, e não por preocupações com a saúde.