Pelo menos 27 estados americanos estão investigando uma síndrome inflamatória em crianças que pode ter sido desencadeada pelo coronavírus. Cerca de 350 crianças nos EUA já tiveram a doença.
O Departamento de Saúde da Flórida está investigando sete casos da síndrome.
“Quando o número de casos de uma doença específica alcança patamares como o da Covid-19, outras síndromes raras começam a ser identificadas”, disse o médico Mike Ryan, da Organização Mundial de Saúde.
Médicos do Holtz Children’s Hospital em Miami acreditam que a contaminação pelo vírus desencadeie uma resposta inflamatória do organismo.
A doença, batizada como Síndrome Pediátrica Inflamatória Multissistêmica, é grave e requer cuidados intensivos.
Segundo a OMS, a doença causa inflamação nas paredes das artérias de tamanho médio e pode danificar o coração. Os sintomas incluem erupções na pele, problemas cardíacos e de coagulação no sangue, vômito, diarreia e dor abdominal. Os sintomas incluem ainda febre persistente, olhos vermelhos e mau funcionamento de um ou mais órgãos.
Atendimento urgente
Autoridades de saúde dos EUA alertam que crianças com suspeita da Síndrome Inflamatória Multissistêmica precisam de atendimento médico urgente, porque a infecção das artérias atrapalha o fluxo sanguíneo e pode provocar falência do coração. A boa notícia é que se receberem tratamento médico imediato e adequado, a maioria das crianças se recupera e volta para a casa em até uma semana.
“Qualquer manifestação de febre por mais de três dias, acompanhada de dor abdominal e vômitos ou erupção cutânea, deve ser atendida imediatamente pelo pediatra”, aconselha a pediatra Nadine Choueiter, do Hospital Infantil de Montefiore, em New York.
“Pelo menos na Costa Leste dos EUA, a teoria é que recebemos o vírus semelhante ao que estava na Europa, e é por isso que estamos vendo resultados semelhantes em crianças”, diz Nadine. “Existe uma teoria de que esse vírus sofreu uma mutação desde que foi descoberto na China, e talvez seja por isso que a parte oriental dos EUA e da Europa esteja vendo essas descobertas em crianças, já que isso não foi descrito na China”. (Com informações da CNN)