A crise desencadeada pela pandemia do coronavírus está levando milhões de pessoas a solicitarem o benefício do seguro-desemprego nos Estados Unidos. Em uma semana, o número dobrou passando de 3.3 milhões para 6.6 milhões de pedidos ao Unitede States Department of Labor. Na Flórida, 227 mil pessoas solicitaram o seguro na última semana.
O total ficou bem acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 3,1 milhões de solicitações.
Empresas que foram forçadas a fechar as portas ou que deixaram de ter lucro por causa da pandemia estão dispensando mais e mais funcionários a cada dia.
Economistas disseram que essa situação é “desastrosa” e quer dizer que o índice de desemprego pode chegar a 9.5% no País, segundo projeções do economista Andrew Hollenhorst. “É provável que mais perdas de empregos esperadas nas próximas semanas levem o desemprego a mais de 10%, uma situação alarmante”, comentou o economista.
No país, já são mais de 200.000 infectados confirmados e mais de 5 mil mortos devido ao coronavírus. Praticamente todas as cidades do País estão em quarentena.
O avanço do vírus fez até o presidente Donald Trump mudar o discurso sobre a doença, alertando que as próximas duas semanas devem ser “muito difíceis”.
Com tudo isso no radar, nem mesmo os dados de março sobre a produção manufatureira americana, que vieram melhor do que as expectativas, contiveram o pessimismo entre os investidores. Nesta quarta-feira, 1º de abril, o principal índice acionário dos EUA fechou em queda de 4,41%, levando as bolsas globais para baixo, inclusive a brasileira, que caiu 2,82%. (Com informações do Estadão Conteúdo)