DA REDAÇÃO – Os senadores democratas continuam batendo na tecla referente a abuso de poder, uma das duas acusações enfrentadas por Donald Trump no julgamento do impeachment do presidente americano no Senado. Nos próximos dias de exposição, os promotores certamente vão abordar também a tese de obstrução ao Congresso, com o objetivo de remover o líder da nação do cargo. A tarefa, porém, é difícil, pois a casa tem maioria republicana.
“O presidente mostrou que acha estar acima da lei”, disse Adam Schiff, presidente do Comitê de Inteligência, que foi responsável pela investigação contra Trump na Câmara. Cada lado – acusação e defesa – tem direito a uma exposição oral de 24 horas, dividida em três dias, para tentar convencer os 100 senadores.
Nesse período, portanto, os senadores deverão apenas ouvir. Após as exposições, eles terão 16 horas para fazer perguntas por escrito e haverá uma nova votação para definir se testemunhas e provas poderão ser incluídas. Depois disso, o Senado vai optar por um debate sobre os artigos de impeachment, que pode ser a portas fechadas ou não.
Há 21 anos, quando Bill Clinton, então presidente dos EUA, enfrentou um processo de impeachment, cada senador falou por 15 minutos.
Por fim, haverá a votação. Para que Trump seja destituído, é preciso que uma maioria de dois terços vote para isso.