DA REDAÇÃO – A deputada federal Tabata Amaral foi destaque brasileiro, na categoria Líderes, da lista Time 100 Next, que indica as 100 pessoas no mundo que podem fazer a diferença no futuro. Ela, porém, divide a honraria com outros dois brasileiros, selecionados como Inovadores: os empreendedores Henrique Dubugras e Pedro Franceschi, ambos de 23 anos, fundadores da startup americana Brex, que atua na concessão de crédito para empresas novatas e de e-commerce.
Há um ano, a Brex foi avaliada em $1.1 bilhão, o que colocou Dubugras e Franceschi no grupo dos mais jovens empreendedores a desenvolver um negócio que se tornou um unicórnio – como são chamadas as startups que valem $1 bilhão ou mais. Uma nova captação em junho passado elevou o valor para $2.6 bilhões.
A Brex atende um público formado por empresas novatas, sem histórico financeiro, ou que precisam pagar caro por serviços oferecidos pelo setor financeiro tradicional. O principal produto da fintech é um cartão de crédito corporativo, concedido com um limite muito maior do que a média do mercado, para companhias sem histórico de crédito. graças a um modelo que faz a análise financeira em tempo real e privilegia fatores do presente em detrimento do passado.
A Brex afirma que, em 5 minutos, é capaz de analisar um pedido e liberar a concessão de crédito de uma empresa. O cartão de crédito físico demora um pouco mais para chegar, de 3 a 5 dias úteis. O cartão é concedido sem que seja necessário que os sócios da empresa solicitante tenham que oferecer garantias pessoais, apresentar uma nota mínima de crédito ou realizar depósitos de segurança.
Em fevereiro, a empresa colocou no mercado o cartão de crédito para empresas de e-commerce e, mais recentemente, lançou um produto chamado Brex Cash, que pretende ser uma alternativa mais barata e rentável do que as contas corporativas oferecidas por bancos tradicionais.
Dubugras e Franceschi se conheceram ainda no Brasil e lançaram em 2013 a Pagar.me, empresa de sistemas de pagamento online, que logo se destacou pelo volume elevado de conversões e tempo reduzido para receber o dinheiro em relação à concorrência. Em 2014, a startup já dava lucro e os dois foram aceitos para estudar em Stanford, a universidade dos maiores talentos da tecnologia. Dois anos depois, a Pagar.me foi adquirida em 2016 pela Stone. Os dois empreendedores abandonaram a faculdade em Stanford e lançaram a Brex em 2017; pouco mais de um ano depois, a startup já chegou ao patamar que a qualifica como unicórnio, apelido das startups bilionárias.