Os guardas que vigiavam a cela onde o investidor americano Jeffrey Epstein – que esperava julgamento por abuso sexual e prostituição de menores na Flórida – se suicidou, em agosto, foram presos esta semana. Os funcionários Tova Noel e Michael Thomas são acusados de falsificar dados para encobrir falhas no trabalho, no Centro Correcional Metropolitano, em Nova York.
Eles são suspeitos de “fraudar” o país, segundo comunicado conjunto da Procuradoria do Distrito Sul de Nova York, Departamento de Justiça dos EUA e FBI, que acompanham o caso. A dupla teria “falhado repetidamente nas revisões” dos presos e durante o turno estava navegando na internet ou circulando por áreas comuns. A negligência ao realizar as verificações obrigatórias nas celas acabou abrindo brechas para que Epstein tentasse, pela segunda vez, o suicídio.
Três meses depois, a morte do empresário ainda está mexendo com a vida de muita gente. O príncipe Andrew, filho da Rainha Elizabeth e oitavo na sucessão do trono da Inglaterra, era amigo dele e teria forçado uma adolescente que trabalhava para o americano a ter relações sexuais com ele. Andrew negou as acusações, mas reconheceu que sua relação com o americano poderia provocar problemas para a família real e, por isso, se afastou de todas as suas funções reais.
Epstein morava em Palm Beach e morreu aos 66 anos por enforcamento.