O presidente norte-americano já decidiu que vai viver no sul da Flórida após deixar a Casa Branca. Donald Trump e a primeira-dama, Melania, apresentaram na corte, através de advogados, um pedido de ‘declaração de domicílio’, solicitando que sua residência permanente passe a ser o resort Mar-a-Lago, em Palm Beach. A propriedade, que já foi avaliada em mais de 200 milhões de dólares, pertence à família desde 1985.
“Tenho sido tratado muito mal pelos líderes políticos da cidade e do estado”, afirmou o presidente nas redes sociais, para justificar a decisão de transferir sua residência de Nova York, onde nasceu, para o ensolarado condado de Palm Beach. O apartamento na Trump Tower tem sido sua moradia primária há mais de 32 anos, mas as recentes intimações recebidas por procuradores de Manhattan com relação às declarações de imposto de renda teriam sido a gota-d’água.
Adversários do presidente, no entanto, rebatem os argumentos referentes à mudança de endereço. Um especialista lembrou, em entrevista à NBC News, que se Trump passar mais de 184 dias por ano em Nova York, ele terá que pagar impostos estaduais. Além disso, o estado possui taxas altas de transmissão de herança (16% para imóveis de alto padrão), o que não acontece no Sunshine State. Não há informações, porém, se há planos de vender a Trump Tower.
O comunicado do presidente gerou comentários até irônicos, como o do governador de Nova York, Andrew Cuomo: “Um livramento… e ele não pagava impostos mesmo. Ele é todo seu, Flórida”, disse o democrata. Da mesma forma, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, que também pertence ao partido de oposição a Trump, manifestou as “mais profundas condolências às pessoas de bem da Flórida”.
Mas Trump apressou-se em dizer que espera passar ainda muito tempo na capital do país, Washington DC: “O número 1600 da Pennsylvania Avenue é o lugar que eu passei a amar e onde continuarei, acredito, pelos próximos cinco anos”, explicou o presidente, ao citar o endereço da Casa Branca. Vale lembrar que nas eleições de 2016, o republicano recebeu apenas 36,5% dos votos em seu estado-natal, mas venceu com o apoio de 49% dos eleitores no estado onde pretende viver na aposentadoria.