Um agente de imigração está sendo acusado de abuso de autoridade e crimes sexuais por supostamente ter exigido, por sete anos, que uma indocumentada hondurenha fizesse sexo com ele para evitar a deportação. Os advogados da imigrante disseram que o oficial, identificado como Wilfrido Rodriguez, costumava estuprar a mulher pelo menos quatro vezes por semana. Nesse período ela teria engravidado três vezes e, agora, pede 10 milhões de dólares de compensação por danos físicos e morais.
“Minha cliente não tinha escolha: ou cooperava com o agente do ICE ou seria deportada”, contou o advogado George Kramer, ressaltando que a mulher permanece em um estado psicológico muito frágil. Segundo ele, este caso pode incentivar outras vítimas na mesma situação a buscarem seus direitos. O ICE não quis comentar o assunto e, através de uma nota, informou apenas que Rodriguez não trabalha mais para a agência.
De acordo com os relatos, a hondurenha conheceu o agente do ICE em 2006, depois que o irmão dela foi preso ao entrar ilegalmente nos Estados Unidos. Rodriguez, conforme descrito nos autos, descobriu que a jovem também era indocumentada e começou a assediá-la. Ela teria engravidado em 2007, 2009 e 2013, mas abortou nas três vezes – e Rodriguez pagou por um dos procedimentos. O abuso foi tão grande que ela tentou se suicidar pelo menos quatro vezes.