O presidente do Brasil Jair Bolsonaro abriu nesta terça-feira (24) os debates da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), na sede da organização, em New York. O ponto principal do seu pronunciamento foram as ações de preservação da Amazônia, cuja devastação foi alvo de duras críticas de líderes de todo o mundo em agosto devido ao aumento de queimadas.
“A Amazônia não está sendo devastada como diz mentirosamente a mídia. Cada um de vocês pode comprovar o que estou falando agora. Não deixem de conhecer o Brasil, ele é muito diferente daquele estampado em muitos jornais e televisões”, disse o presidente a líderes de todo o mundo.
“É uma falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da humanidade e um equívoco, como atestam os cientistas, afirmar que a Amazônia, a nossa floresta, é o pulmão do mundo. Valendo-se dessas falácias um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa e com espírito colonialista. Questionaram aquilo que nos é mais sagrado, a nossa soberania”, disse Bolsonaro.
Bolsonaro afirmou, ainda, que tem “compromisso solene” com a proteção da Amazônia. Disse que a Amazônia é maior do que toda a Europa ocidental e “permanece praticamente intocada”, o que seria prova, segundo o presidente, de que o Brasil é “um dos países que mais protegem o meio ambiente”.
Tradicionalmente, cabe ao presidente do Brasil fazer o discurso de abertura da Assembleia Geral, seguido do presidente dos Estados Unidos. Bolsonaro chegou na tarde de ontem (23) a New York para o compromisso.
O presidente em seu discurso exaltou o ministro Sérgio Moro e seu trabalho, segundo o presidente, de combate à corrupção no Brasil. Bolsonaro fez duras críticas à esquerda, a qual chamou de socialista, e também criticou a Venezuela e a iniciativa de levar médicos cubanos para o Brasil em governos passados.
“Medidas estão sendo tomadas e conseguimos reduzir o número de homicídios nos seis primeiros meses do meu governo”.
O presidente também falou sobre a isenção de vistos a americanos, australianos, japoneses e canadenses com objetivo de fomentar o turismo no Brasil.
A agenda em New York inclui, segundo o Palácio do Planalto, um encontro com o ex-prefeito da cidade, Rudolph Giuliani. Não estão previstos encontros bilaterais com outros chefes de Estado e a previsão é que o embarque de volta ao Brasil ocorra ainda na noite de terça-feira.