O governo anunciou na quarta-feira (5) o corte de verbas para atividades recreativas como futebol e artes, aconselhamento legal e aulas de inglês em abrigos para menores imigrantes desacompanhados dos pais em todos os EUA.
O argumento é que o número de crianças presas aumentou muito e não há orçamento suficiente para manter essas atividades. O Departamento de Saúde e Serviços Humanos disse que foi obrigado por lei a tomar tais medidas para que outras áreas não sejam atingidas. “Quando o governo está com pouco dinheiro, somos obrigados a fazer cortes como esses”.
Os cortes, no entanto, podem estar ferindo a lei, de acordo com especialistas. A lei prevê que crianças imigrantes nos Estados Unidos têm direito à educação.
“É ruim o suficiente que a administração Trump esteja fazendo isso com as crianças”, disse Denise Bell, pesquisadora da Anistia Internacional, em um comunicado à NBC News. “É inconcebível que eles tentem descaradamente tirá-los de seus direitos”.
Em Homestead (FL) está um dos maiores abrigos para menores do País e o superintendente Alberto Carvalho lamentou profundamente a decisão do governo. “O que virá depois? Cortes na comida, na água, do ar que respiram? Estou profundamente triste e com muita raiva”, disse Alberto.